tag:blogger.com,1999:blog-21376540674573850972024-03-21T05:48:49.812-03:00Fake SpinPágina focada nas notícias falsas .,.. boatos...,...sabendo-se que os meios de comunicação tradicionais são antigos fabricantes de fake news
José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.comBlogger19125tag:blogger.com,1999:blog-2137654067457385097.post-3506246421125623562018-10-09T10:10:00.002-03:002018-10-09T10:10:33.146-03:00Bolsonaro é o maior Fake News já produzido na história política do Brasil<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="background-color: #eeeeee; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: normal; line-height: normal; margin: 0.75em 0px 0px; position: relative;">
<span style="font-size: small;">Segue texto de autoria desconhecida</span></h3>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-7355952356234902403" itemprop="description articleBody" style="background-color: #eeeeee; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; line-height: 1.4; position: relative; width: 780px;">
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-size: 17.6px; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_5-I8Rfakw8Z7-OWH0307NwQHpHHT_A5H8CszBVc9G0fmzxEMCK5gyUS7LLYFHqKQhAAIYelER4KW53AJG3pdxH65aNAw1m0mUdaP6dmQavdKWUMtojBBZNzML4cQeYOFxGBP85e7SXq_/s1600/Fernando-Haddad-x-Jair-Bolsonaro.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="340" data-original-width="580" height="187" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_5-I8Rfakw8Z7-OWH0307NwQHpHHT_A5H8CszBVc9G0fmzxEMCK5gyUS7LLYFHqKQhAAIYelER4KW53AJG3pdxH65aNAw1m0mUdaP6dmQavdKWUMtojBBZNzML4cQeYOFxGBP85e7SXq_/s320/Fernando-Haddad-x-Jair-Bolsonaro.png" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-size: 17.6px; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
Bolsonaro é o maior Fake News já produzido na história política do Brasil. </div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
Sua campanha é fragmentada e se completa na subjetividade das informações que as pessoas querem ouvir, mesmo sendo falsas. </div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
A sua equipe de campanha usou a mesma estratégia usada nos EUA na campanha de Donald Trump. Seu maior êxito é no campo digital que usou inteligência artificial para identificar e separar grupos de pessoas em nichos específicos. </div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
Essa inteligência identificou um nicho de eleitores que queria um candidato fora do sistema político e que representasse o novo. <a name='more'></a></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
Eles produziram esse Bolsonaro e apresentou para esse grupo específico de pessoas. </div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
Em um outro nicho, tem aquelas pessoas que tem ódio do PT e querem extermina-lo a qualquer custo. </div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
Foi produzido um Bolsonaro e apresentado para elas. </div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
Também existe aqueles mais conservadores do moral e dos bons costumes, que não querem crianças aprendendo sexologia, não querem crianças em teatros, não querem casamento entre pessoas do mesmo sexo, não querem discutir o aborto e se recusam a entender qualquer natureza fora dos padrões já estabelecidos. </div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
Produziram um Bolsonaro e apresentaram para esse nicho. </div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
Nesses nichos tem o grupo dos que acham que todo cidadão tem que andar armado e que bandido bom é bandido morto, e que é favorável à tortura e a soberania da raça pura.</div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
Foi produzido um Bolsonaro para esse grupo. </div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
Tem o nicho do fundamentalismo que defende a família que eles acreditam como única e seu modelo tradicional acima de qualquer discussão. Esses obreiros foram levados a acreditar que os partidos de esquerdas são do satanás. </div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
Foi produzido um Bolsonaro para atender esse grupo. </div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
Por fim, e não menos importante, existe um nicho influenciador e patrocinador em potencial de fato, são líderes religiosos de igrejas que não querem ser investigados pois precisam continuar lavando dinheiro, a indústria da arma que aumentou seus lucros com a especulação de que o Brasil irá virar uma Venezuela e o cidadão precisa se armar, os Ruralistas que querem mais terra, e a indústria do minério que quer explorar as reservas indígenas e os assentamentos floresta a dentro. </div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
Esse nicho de notáveis foi quem patrocinou e ajudou a produzir o Bolsonaro salvador da pátria, que cada grupo deseja ter, cheio de moral, conservador, que representa o novo, que irá devastar a corrupção, homem honesto e acima de qualquer suspeita. </div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
Quando partimos para o Bolsonaro objetivo, encontramos um deputado imbecil, inexpressivo, incompetente em suas atribuições, incapaz de construir um raciocínio lógico e construtivo, com um mandato de 27 anos sendo o mais insignificante da história do parlamento brasileiro, que durante todo esse tempo nunca fez nada de importante para o Brasil, que ficou milionário às custas do funcionalismo público, que trouxe toda a sua família para a política e enriqueceram fazendo nada, que empregou seu irmão como assessor parlamentar fantasma, que mantém funcionária fantasma em sua casa de verão, que ajudou a criar o PP partido político com o maior número de políticos corruptos segundo a lava jato, nunca fez denúncia de corrupção contra os corruptos de seu partido e contra os governantes do Rio de Janeiro que é sua base eleitoral. </div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
Um candidato que declara não entender nada de economia, que em suas falas e atitudes, diz que irá acabar com a minoria, ou seja, índios, gays, lésbicas, pretos, que despreza as mulheres, que irá acabar com os direitos trabalhistas, que irá torturar, que irá privatizar, e que irá liderar uma ditadura que mate uns trinta mil e mais alguns inocentes.</div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
É um sujeito fabricado pelos anseios individuais e egoístas de uma parte da sociedade que não se importa com a subjetividade construída caricaturalmente para atingir seus objetivos. Um sujeito que convenceu milhões a não se importar com as mentiras que eles fabricam para confundir, enganar, difamar e denegrir a imagem do seu oponente, ultrapassando as Leis que se submete esse processo e ultrajando toda e qualquer ética moral que uma disputa política e democrática precisa ter. </div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
Seus eleitores se entregaram nos braços de seu salvador ideológico, mesmo sem conhecê-lo e sem saber de fatos quais são seus objetivos e metas governamentais. </div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
Nasce uma nova seita no Brasil, seu fundamento é a mentira, o ódio e o dinheiro. Seu Messias é Bolsonaro e seu Deus Mamom.</div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 17.6px; text-align: justify;">
Autor desconhecido.</div>
<div style="font-size: 17.6px;">
<br />Post relacionado ao tema:<br /><br />Extrema direita avança na reta final da eleição mas o campo progressista saiu fortalecido: Agora é todos juntos contra o fascismo.<br /><br /><a href="https://josecarloslima.blogspot.com/2018/10/extrema-direita-avanca-na-reta-final-da.html" style="color: #850785; text-decoration-line: none;">https://josecarloslima.blogspot.com/2018/10/extrema-direita-avanca-na-reta-final-da.html</a></div>
</div>
José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2137654067457385097.post-62464036937140668582018-10-09T05:14:00.002-03:002018-10-09T05:14:29.262-03:00Bob Fernandes/A Usina de Mentiras no Universo Paralelo bolsonariano<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/-z1zjUf77VU" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe>José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2137654067457385097.post-87614629753194320952018-10-09T05:11:00.000-03:002018-10-09T05:11:27.488-03:00O STF e a maldição da Constituição estupradaO STF e a maldição da Constituição estuprada
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/NpqB_18WJ04" width="640"></iframe>José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2137654067457385097.post-23920163058649533222018-10-08T22:33:00.002-03:002018-10-08T22:35:16.711-03:00As relações de Bolsonaro com a extrema-direita internacional<br />
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: black; font-family: "times new roman"; font-stretch: inherit; font-style: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; line-height: inherit; margin: 0px 0px 25px; padding: 0px; text-indent: 0px; text-transform: none; vertical-align: baseline; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<div class="separator" style="clear: both; font-size: medium; margin: 0px; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOuCmRhU93HHwVQOiQI_ayEeMrTXHjQUu-IAX5OoC9PWoA0b3lWj_vXC0gk7V1ZZHIYQ18cwoIIxpJ1Q7fLE0FXw8u2yrZ-7vjpsDIufc3jwfFtzH1Gel5tr1DxBy9c0Wci7hr1OLDaOaM/s1600/Bannon_Trump.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="399" data-original-width="640" height="248" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOuCmRhU93HHwVQOiQI_ayEeMrTXHjQUu-IAX5OoC9PWoA0b3lWj_vXC0gk7V1ZZHIYQ18cwoIIxpJ1Q7fLE0FXw8u2yrZ-7vjpsDIufc3jwfFtzH1Gel5tr1DxBy9c0Wci7hr1OLDaOaM/s400/Bannon_Trump.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-size: medium; margin: 0px; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<span style="color: #333333; font-family: "sentinel ssm a" , "sentinel ssm b" , sans-serif;">A liderança do candidato Jair Bolsonaro (PSL) nas pesquisas de intenção de voto para presidente em 2018 virou objeto de interesse de alguns dos principais pesquisadores dedicados a entender a ascensão da “extrema direita populista” no mundo. A questão, para eles, é saber se Bolsonaro é um fenômeno completamente autóctone ou se ele é a expressão mais recente de uma corrente bem articulada internacionalmente. O Nexo conversou com cinco cientistas políticos de cinco países — alguns deles autores de livros influentes sobre o assunto — para saber como esses estudiosos veem Bolsonaro e as conexões entre o candidato brasileiro e o movimento de extrema direita populista na Europa e nos EUA. </span></div>
<div style="margin: 0px;">
<br style="box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "sentinel ssm a", "sentinel ssm b", sans-serif;" /></div>
<div style="margin: 0px;">
Segue link para artigo na íntegra</div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<span style="border: 0px; box-sizing: inherit; font-stretch: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="color: #333333; font-family: "lato";"></span></span><br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<a href="https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/10/03/A-rela%C3%A7%C3%A3o-de-Bolsonaro-com-a-extrema-direita-internacional" target="_blank">https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/10/03/A-rela%C3%A7%C3%A3o-de-Bolsonaro-com-a-extrema-direita-internacional</a></div>
</div>
José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2137654067457385097.post-67234802055527085512018-10-08T20:51:00.001-03:002018-10-08T20:51:14.333-03:00Judiciário e mentiras fortaleceram Bolsonaro na reta final da eleiçãoPor João Filho, no The Intercept
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhogQfptAF_TVzqpMSTUZnKiMLOGX8rGjWQFxwO9cDpIFddLsX-WFzbjN2p123Qa1ZtH0X3z3_uZmcqWHHtTnY1FLxwi84uFxOinNt9-4UlAw-FrScJ_RAXWC_fESu_0nftp76iWqKXBPGj/s1600/bolsie171-1538938928.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1440" height="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhogQfptAF_TVzqpMSTUZnKiMLOGX8rGjWQFxwO9cDpIFddLsX-WFzbjN2p123Qa1ZtH0X3z3_uZmcqWHHtTnY1FLxwi84uFxOinNt9-4UlAw-FrScJ_RAXWC_fESu_0nftp76iWqKXBPGj/s320/bolsie171-1538938928.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: SwiftNeueLTW01, Georgia, serif; font-size: 20px; hyphens: none; letter-spacing: 0.01em; line-height: 1.5; margin-bottom: 1em;">
<span style="box-shadow: rgb(255, 255, 255) 0px 1px 0px, rgb(17, 17, 17) 0px 4px 0px; box-sizing: border-box; color: #111111; font-weight: bold; letter-spacing: 0.1em; text-transform: uppercase;"><br /></span>
<span style="box-shadow: rgb(255, 255, 255) 0px 1px 0px, rgb(17, 17, 17) 0px 4px 0px; box-sizing: border-box; color: #111111; font-weight: bold; letter-spacing: 0.1em; text-transform: uppercase;">APÓS ANOS</span><span style="letter-spacing: 0.01em;"> penando com uma grave crise econômica e política, o país chega ao fim do primeiro turno da eleição presidencial mais violenta da história da nova república. Facada, tiros, mentiras em proporções inimagináveis e um completo desrespeito às leis marcaram o período de campanha eleitoral. O Brasil virou um faroeste.</span></div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: SwiftNeueLTW01, Georgia, serif; font-size: 20px; hyphens: none; letter-spacing: 0.01em; line-height: 1.5; margin-bottom: 1em;">
As urnas confirmaram as pesquisas que colocavam Bolsonaro e Haddad no segundo turno. Qualquer que seja o resultado final, a certeza é de que tempos ainda mais sombrios estão por vir. Bolsonaro passou a campanha inteira avisando que não aceitaria qualquer resultado que não fosse a sua vitória. Aceitar a derrota nas urnas é um pressuposto elementar da democracia, algo que Bolsonaro sempre fez questão de desprezar. Caso seja vitorioso, bem, não precisa ser vidente para saber como serão as coisas. As pistas foram dadas por sua campanha. Será um governo trágico sob qualquer ponto de vista de qualquer democrata.</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: SwiftNeueLTW01, Georgia, serif; font-size: 20px; hyphens: none; letter-spacing: 0.01em; line-height: 1.5; margin-bottom: 1em;">
Parte relevante do judiciário brasileiro e integrantes do Ministério Público abandonaram os preceitos básicos de suas funções e entraram de sola no jogo eleitoral. Há uma infinidade de casos que atestam esse disparate. A começar pelo descaramento com que Lula foi alijado da disputa. Ele era o candidato preferido dos brasileiros, com chances de ganhar no primeiro turno. O TRF-4 trabalhou com a agenda eleitoral <br />
<a name='more'></a>debaixo do braço, <a href="https://theintercept.com/2018/04/07/a-prisao-de-lula-e-politica/" style="box-sizing: border-box; color: #6653ff; outline: none; text-decoration-line: none;" target="_blank">atropelando</a> todos os ritos jurídicos possíveis e imagináveis com o intuito claro de impedir sua candidatura. E não se trata de opinião dizer que o Judiciário atuou para influenciar as eleições, mas da realidade dos fatos. Enquanto outras oito determinações de prisão de réus da Lava Jato do Paraná levaram <a href="https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/04/ordem-de-prisao-de-lula-e-a-mais-rapida-entre-reus-soltos-da-lava-jato.shtml" style="box-sizing: border-box; color: #6653ff; outline: none; text-decoration-line: none;" target="_blank">entre 18 e 30 meses </a>para serem expedidas, a de Lula levou apenas nove.</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: SwiftNeueLTW01, Georgia, serif; font-size: 20px; hyphens: none; letter-spacing: 0.01em; line-height: 1.5; margin-bottom: 1em;">
O judiciário influenciou esta eleição especialmente na reta final. Toffoli e Fux driblaram as regras internas do STF e rasgaram a Constituição para impedir que a Folha entrevistasse Lula na prisão, em um caso evidente de <a href="https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/10/proibir-entrevista-de-lula-a-folha-e-censura-previa-diz-relator-da-oea.shtml" style="box-sizing: border-box; color: #6653ff; outline: none; text-decoration-line: none;" target="_blank">censura</a> prévia à imprensa. Na mesma semana, <a href="https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2018/10/03/golpe-militar-de-64-nao-e-simples-movimento-dizem-juizes.htm" style="box-sizing: border-box; color: #6653ff; outline: none; text-decoration-line: none;" target="_blank">Toffoli aproveitou</a> também para chamar o golpe militar de “Movimento de 64″ — um rebatismo que envergonha qualquer democrata e enche de orgulho qualquer cabo eleitoral de Bolsonaro.</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: SwiftNeueLTW01, Georgia, serif; font-size: 20px; hyphens: none; letter-spacing: 0.01em; line-height: 1.5; margin-bottom: 1em;">
Faltando poucos dias para a eleição, às vésperas do debate da Globo, Sérgio Moro resolveu quebrar o sigilo da delação de Antonio Palocci — aquela que havia sido rejeitada pelo MP por falta de provas. As sucessivas ações estratégicas de Sérgio Moro, com evidente intenção política, não espantam mais ninguém. Quem ousará contestar o juiz de primeira instância que, assim como Bolsonaro, se tornou um dos heróis dos nossos tempos?</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: SwiftNeueLTW01, Georgia, serif; font-size: 20px; hyphens: none; letter-spacing: 0.01em; line-height: 1.5; margin-bottom: 1em;">
Integrantes do Ministério Público também militaram firme nessa eleição. A três dias da eleição, na boca da urna, o MPF pediu a condenação de Lula na ação penal envolvendo o Instituto Lula. O procurador do Power Point Deltan Dallagnol não viu problema em divulgar nas suas redes o site Ranking dos Políticos, uma plataforma que supostamente ajuda a escolher candidatos que não estão envolvidos em corrupção, mas que, como já <a href="https://theintercept.com/2018/08/05/atencao-eleitor-nao-caia-no-engodo-chamado-ranking-dos-politicos/" style="box-sizing: border-box; color: #6653ff; outline: none; text-decoration-line: none;" target="_blank">contei aqui</a> nesta coluna, usa critérios que colocam apenas políticos de direita nas primeiras posições do ranking. A TV Band chegou a veicular uma propaganda do ranking nas vésperas da eleição.</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: SwiftNeueLTW01, Georgia, serif; font-size: 20px; hyphens: none; letter-spacing: 0.01em; line-height: 1.5; margin-bottom: 1em;">
Tudo isso seria tratado como escândalo em qualquer democracia séria, mas nós já estamos acostumados com esse faroeste tropical. Boa parte da mídia, inclusive, trata com naturalidade esse ativismo judicial. O fato inegável é que esse conjunto de ações por parte do Judiciário e do MP na reta final favoreceram de algum modo a candidatura Bolsonaro. Parece que a Lava Jato tem um candidato para chamar de seu. Não deve ser à toa que <a href="https://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,marcelo-bretas-curte-publicacoes-de-bolsonaro-nas-redes-sociais,70002425863" style="box-sizing: border-box; color: #6653ff; outline: none; text-decoration-line: none;" target="_blank">Marcelo Bretas curte os posts de Bolsonaro</a>, enquanto a esposa de Moro faz uma <a href="https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/10/mulher-de-moro-faz-campanha-nas-redes-pelo-voto-consciente.shtml" style="box-sizing: border-box; color: #6653ff; outline: none; text-decoration-line: none;" target="_blank">militância bolsonarista velada</a>, que não engana nem os mais bobinhos.</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: SwiftNeueLTW01, Georgia, serif; font-size: 20px; hyphens: none; letter-spacing: 0.01em; line-height: 1.5; margin-bottom: 1em;">
Major Olímpio, braço direito de Bolsonaro, deputado federal e candidato ao Senado pelo PSL, estava <a href="https://oglobo.globo.com/brasil/comando-do-exercito-informou-agu-sobre-plano-de-juiz-de-recolher-urnas-na-vespera-das-eleicoes-23117106" style="box-sizing: border-box; color: #6653ff; outline: none; text-decoration-line: none;" target="_blank">preparando um golpe</a> em conluio com um juiz federal para que as urnas eletrônicas fossem recolhidas na véspera da eleição. O secretário popular de Olímpio propôs uma ação popular questionando a segurança das urnas e pedindo que “seja declarado inválido o atual sistema de votação”. O juiz que participou da armação chegou a ir ao Quartel General do Exército em Brasília para explicar como seria o plano aos militares. O golpe foi descoberto, e o juiz afastado pelo Conselho Nacional de Justiça. O caso era para ter sido tratado como um gravíssimo atentado contra a democracia, mas passou apenas lateralmente na grande imprensa. Em nome de uma suposta neutralidade, boa parte do jornalismo se omitiu diante de tantos absurdos e deixou de defender a democracia. Nós estamos mesmo nos acostumando com isso.</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: SwiftNeueLTW01, Georgia, serif; font-size: 20px; hyphens: none; letter-spacing: 0.01em; line-height: 1.5; margin-bottom: 1em;">
Empresários não pensaram duas vezes antes de descumprir a lei para conseguir votos para o candidato do PSL. Além do caso explícito do <a href="https://theintercept.com/2018/10/02/havan-voto-cabresto/" style="box-sizing: border-box; color: #6653ff; outline: none; text-decoration-line: none;" target="_blank">dono da Havan</a>, que constrangeu seus funcionários e praticamente os obrigou a votar em Bolsonaro, há diversos outros relatos de prática de voto de cabresto por parte de empregadores em todo o país. Parece que a lei no Brasil existe para ser descumprida. É admirável que o principal argumento desses empresários para apoiar Bolsonaro seja o combate à corrupção.</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: SwiftNeueLTW01, Georgia, serif; font-size: 20px; hyphens: none; letter-spacing: 0.01em; line-height: 1.5; margin-bottom: 1em;">
Depois de ficar um tempo estagnado nas pesquisas, Bolsonaro voltou a crescer a partir do último fim de semana. Ao que parece, essa retomada de crescimento das intenções de voto se deve à <a href="https://blogs.oglobo.globo.com/bernardo-mello-franco/post/mentirada-que-influencia-urna.html" style="box-sizing: border-box; color: #6653ff; outline: none; text-decoration-line: none;" target="_blank">intensificação das fake news</a>no WhatsApp — que virou uma espécie de deep web brasileira — e também ao apoio de Edir Macedo, que colocou as igrejas para pedir voto para Bolsonaro e mobilizou a TV Record em seu favor.</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: SwiftNeueLTW01, Georgia, serif; font-size: 20px; hyphens: none; letter-spacing: 0.01em; line-height: 1.5; margin-bottom: 1em;">
Boatos sempre existiram em tempos de eleição, mas a forma com que a candidatura de Bolsonaro se dedicou a isso difere de qualquer outra coisa que já vimos no Brasil. Tendo a campanha de Donald Trump como referência, a campanha bolsonarista não apenas alimentou indiretamente a<a href="https://blogs.oglobo.globo.com/bernardo-mello-franco/post/mentirada-que-influencia-urna.html" style="box-sizing: border-box; color: #6653ff; outline: none; text-decoration-line: none;" target="_blank"> indústria de fake news</a> contra os adversários, mas os próprios integrantes da campanha foram porta-vozes das notícias falsas, sem nenhum constrangimento de mentir publicamente.</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: SwiftNeueLTW01, Georgia, serif; font-size: 20px; hyphens: none; letter-spacing: 0.01em; line-height: 1.5; margin-bottom: 1em;">
Carlos Bolsonaro publicou em suas redes sociais uma notícia falsa que dizia que o TSE enviou os códigos de segurança das urnas eletrônicas para a Venezuela, colocando uma nuvem de dúvida na cabeça do eleitor sobre a lisura da votação. O filho de Bolsonaro teve tanta certeza da impunidade que nem apagou a mentira. No dia da votação, Flávio Bolsonaro <a href="https://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/eleicoes/2018/10/07/tse-esta-apurando-denuncia-de-filho-de-bolsonaro-sobre-fraude-em-urna.htm" style="box-sizing: border-box; color: #6653ff; outline: none; text-decoration-line: none;" target="_blank">publicou</a>um vídeo que mostrava uma urna votando automaticamente em Haddad. No debate da Rede TV, o senador <a href="https://www.youtube.com/watch?v=wTaG8AGQbHY" style="box-sizing: border-box; color: #6653ff; outline: none; text-decoration-line: none;" target="_blank">Magno Malta falou </a>em rede nacional que o filho de Lula é proprietário de uma lancha R$ 32 milhões enquanto falava sobre corrupção. Não estamos falando apenas de robôs virtuais contratados para espalhar mentiras, mas da própria campanha do Bolsonaro que faz isso de forma pública, sem disfarces. São políticos com mandato, candidatos à reeleição, que mentem com a intenção de prejudicar adversários e desestabilizar a democracia.</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: SwiftNeueLTW01, Georgia, serif; font-size: 20px; hyphens: none; letter-spacing: 0.01em; line-height: 1.5; margin-bottom: 1em;">
Um <a href="https://epoca.globo.com/cristina-tardaguila/dez-noticias-falsas-com-865-mil-compartilhamentos-lixo-digital-do-1-turno-23129808" style="box-sizing: border-box; color: #6653ff; outline: none; text-decoration-line: none;" target="_blank">levantamento da Agência Lupa</a> aponta que as 10 notícias falsas mais populares tiveram juntas 865 mil compartilhamentos no Facebook desde agosto. Todas elas são a favor de Bolsonaro ou contra seus concorrentes. Portanto, parece que não houve uma guerra de disseminação de boatos entre as candidaturas, mas um massacre por parte da campanha do candidato do PSL.</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: SwiftNeueLTW01, Georgia, serif; font-size: 20px; hyphens: none; letter-spacing: 0.01em; line-height: 1.5; margin-bottom: 1em;">
O TSE, que devia zelar pela credibilidade do processo eleitoral, se calou diante de todos esses absurdos. Em junho deste ano, o presidente do tribunal Luiz Fux <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2018-06/fux-defende-combate-noticias-falsas-e-diz-que-podem-anular-eleicoes" style="box-sizing: border-box; color: #6653ff; outline: none; text-decoration-line: none;" target="_blank">anunciou</a> que seria implacável com os boatos durante a campanha: “Por que fiscais podem tirar propagandas infamantes do meio da rua e nós não vamos combater as fake news? Ninguém tem liberdade de expressão para publicar notícia falsa que cause dano irreparável a uma candidatura”. Ao que parece, <a href="https://theintercept.com/2018/10/05/fake-news-tse/" style="box-sizing: border-box; color: #6653ff; outline: none; text-decoration-line: none;" target="_blank">o próprio anúncio se trata de uma fake news</a>, já que pouco ou quase nada foi feito para impedir a pororoca de mentiras desta eleição. À época, Fux disse ainda que a eleição poderia ser anulada se ficasse comprovado que “ela foi objeto de massificação de fake news”. Não há dúvidas que ela foi, mas é mais fácil acreditar na declaração de bens de Bolsonaro para a justiça eleitoral do que na anulação do pleito.</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: SwiftNeueLTW01, Georgia, serif; font-size: 20px; hyphens: none; letter-spacing: 0.01em; line-height: 1.5; margin-bottom: 1em;">
Fux foi um leão para impedir a entrevista de Lula, mas dificilmente repetirá a postura quando for tratar da indústria de mentiras que influenciaram o processo eleitoral. É que, ao que parece, nossos togados interpretam a Constituição “em sintonia com o sentimento social”, como diria Barroso. E nós sabemos qual é o espírito dos nossos tempos.</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: SwiftNeueLTW01, Georgia, serif; font-size: 20px; hyphens: none; letter-spacing: 0.01em; line-height: 1.5; margin-bottom: 1em;">
Bolsonaro começou a campanha isolado politicamente, mas terminou o primeiro turno agregando forças importantes da sociedade. A possibilidade cada vez mais real de uma vitória trouxe muita gente para o seu barco. Bolsonaro não é mais o bufão solitário que conta apenas com apelo popular e de meia dúzia de militares. As forças conservadoras que gravitavam em torno do PSDB migraram para ele.</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: SwiftNeueLTW01, Georgia, serif; font-size: 20px; hyphens: none; letter-spacing: 0.01em; line-height: 1.5; margin-bottom: 1em;">
O <em style="box-sizing: border-box; font-family: SwiftNeueLTW01-Italic, Georgia, serif;">establishment</em> aos poucos foi abraçando o candidato do <em style="box-sizing: border-box; font-family: SwiftNeueLTW01-Italic, Georgia, serif;">antiestablishment</em>. Basicamente as mesmas forças que se uniram para apoiar o golpe de 1964 estão hoje ao lado de Bolsonaro. <a href="https://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,skaf-declara-apoio-a-bolsonaro-no-segundo-turno-contra-o-pt,70002532747" style="box-sizing: border-box; color: #6653ff; outline: none; text-decoration-line: none;" target="_blank">Fiesp</a>, <a href="https://brasil.elpais.com/brasil/2018/10/02/politica/1538432558_436000.html" style="box-sizing: border-box; color: #6653ff; outline: none; text-decoration-line: none;" target="_blank">mercado financeiro</a>, <a href="https://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,bolsonaro-recebe-apoio-de-lideres-evangelicos,70002527014" style="box-sizing: border-box; color: #6653ff; outline: none; text-decoration-line: none;" target="_blank">igrejas</a>, <a href="https://gauchazh.clicrbs.com.br/politica/noticia/2018/10/apoio-a-bolsonaro-nas-forcas-armadas-cresce-mas-com-ressalvas-cjmtkle8201uz01pi6xcg0h17.html" style="box-sizing: border-box; color: #6653ff; outline: none; text-decoration-line: none;" target="_blank">Forças Armadas </a>e <a href="https://brasil.elpais.com/brasil/2018/10/05/politica/1538709789_434443.html" style="box-sizing: border-box; color: #6653ff; outline: none; text-decoration-line: none;" target="_blank">setores da mídia</a> estão apoiando a candidatura que se vendia como a única com condições morais de lutar contra tudo-o-que-está-aí. É mais uma fake news. Bolsonaro é, entre todos os candidatos, o que tem a carreira política mais marcada pelo fisiologismo. O cara que se apresenta hoje como o messias que nos livrará do fantasma do comunismo já defendeu Hugo Chávez, apoiou um comunista no comando das Forças Armadas e já pediu voto para Ciro e Lula. Tudo em nome de interesses partidários. Trata-se de uma farsa com alto potencial para destruir o que resta da nossa já combalida democracia.</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: SwiftNeueLTW01, Georgia, serif; font-size: 20px; hyphens: none; letter-spacing: 0.01em; line-height: 1.5; margin-bottom: 1em;">
<br /></div>
<div style="box-sizing: border-box; hyphens: none; line-height: 1.5; margin-bottom: 1em;">
<span style="color: #444444; font-family: "swiftneueltw01" , "georgia" , serif;"><span style="font-size: 20px; letter-spacing: 0.2px;"><a href="https://theintercept.com/2018/10/07/judiciario-fake-news-bolsonaro-eleicao/">https://theintercept.com/2018/10/07/judiciario-fake-news-bolsonaro-eleicao/</a></span></span></div>
<div style="box-sizing: border-box; hyphens: none; line-height: 1.5; margin-bottom: 1em;">
<span style="color: #444444; font-family: "swiftneueltw01" , "georgia" , serif;"><span style="font-size: 20px; letter-spacing: 0.2px;"><br /></span></span></div>
José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2137654067457385097.post-16723793826728955652018-10-08T20:38:00.001-03:002018-10-08T22:33:12.148-03:00Sobre fake news: Sua tia não é fascista, ela está sendo manipulada<h2 style="background-color: white; box-sizing: inherit; color: #1c1c1c; font-family: "Suez One"; font-size: 24px; font-weight: 400; line-height: 30px; margin-bottom: 15px; margin-top: 0px; opacity: 1; transition: opacity 0.24s ease-in-out 0s; visibility: visible;">
</h2>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1JLYiZH09fm2jkmLeniSydskgmvU0iNUcPdXuPpF4z0l1KZbXjqcQ96t5Vqow_9VNsf7xF_OGHwsXSAxBrmQAFaCtnzBeB9Sd2F1i_upJkvoymHr0GwZZy6qnXMka4p4JoergEJ3dJpGv/s1600/BannonIII+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="570" data-original-width="880" height="207" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1JLYiZH09fm2jkmLeniSydskgmvU0iNUcPdXuPpF4z0l1KZbXjqcQ96t5Vqow_9VNsf7xF_OGHwsXSAxBrmQAFaCtnzBeB9Sd2F1i_upJkvoymHr0GwZZy6qnXMka4p4JoergEJ3dJpGv/s320/BannonIII+%25281%2529.jpg" width="320" /></a></div>
<h2 style="background-color: white; box-sizing: inherit; color: #1c1c1c; font-family: "Suez One"; font-size: 24px; font-weight: 400; line-height: 30px; margin-bottom: 15px; margin-top: 0px; opacity: 1; transition: opacity 0.24s ease-in-out 0s; visibility: visible;">
Por Rafael Azzi:</h2>
<div>
<br /></div>
<h2 style="background-color: white; box-sizing: inherit; color: #1c1c1c; font-family: "Suez One"; font-size: 24px; font-weight: 400; line-height: 30px; margin-bottom: 15px; margin-top: 0px; opacity: 1; transition: opacity 0.24s ease-in-out 0s; visibility: visible;">
Saiba como a longa mão de Steve Bannon, homem-chave da campanha de Donald Trump, contribuiu para levar Bolsonaro ao segundo turno das eleições no Brasil usando as redes sociais da Internet.</h2>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Você se pergunta como um candidato com tão poucas qualidades e com tantos defeitos pode conseguir o apoio quase que incondicional de grande parte da população?</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Você já tentou argumentar racionalmente com os eleitores deles, mas parece que eles estão absolutamente decididos e te tratam imediatamente como inimigo no mais leve aceno de contrariedade?</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Até sua tia, que sempre foi fofa com você, agora ataca seus posts sobre política no facebook?</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Pois bem, vou contar uma história.</div>
<a name='more'></a><br />
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O principal nome dessa história é um sujeito chamado Steve Bannon. Bannon tinha uma visão de extrema direita nacionalista. Ele tinha um site no qual expressava seus pontos de vista que flertavam com o machismo, com a homofobia, com a xenofobia, etc. Porém, o site tinha pouca visibilidade e seu sonho era que suas ideias se espalhassem com mais força no mundo.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Para isso, Bannon contratou uma empresa chamada Cambridge Analytica. Essa empresa conseguiu dados do facebook de milhões de contas de perfis por todo mundo. Todo tipo de dado acumulado pelo facebook: curtidas, comentários, mensagens privadas. De posse desses dados e utilizando algoritmos, essa empresa poderia traçar perfis psicológicos detalhados dos indivíduos.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Tais perfis seriam então utilizados para verificar quais indivíduos estariam mais predispostos a receber as mensagens: aqueles com disposição de acreditar em teorias conspiratórias sobre o governo, por exemplo, ou que apresentavam algum sentimento de contrariedade difuso ao cenário político atual.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
A estratégia seria fazer com que esse indivíduo suscetível a essas mensagens mudasse seu comportamento, se radicalizasse. Como as pessoas passaram a receber as notícias e a perceber o mundo principalmente através das redes sociais, não é difícil manipular essas informações. Se você pode controlar as informações a que uma pessoa tem acesso, você pode controlar a maneira com que ela percebe o mundo e, com isso, pode influenciar a maneira como se comporta e age.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Posts no facebook podem te fazer mais feliz ou triste, com raiva ou com medo. E os algoritmos sabem identificar as mudanças no seu comportamento pela análise dos padrões das suas postagens, curtidas, comentários.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Assim, indivíduos com perfis de direita e seu tradicional discurso “não gosto de impostos” foram radicalizados para perfis paranoicos em relação ao governo e a determinados grupos sociais. A manipulação poderia ser feita, por exemplo, através do medo: “o governo quer tirar suas armas”. Esse tipo de mensagem estimula um sentimento de impotência e de não ser capaz de se defender. Estimula também um sentimento de “somos nós contra eles”, o que fecha a pessoa para argumentos racionais.</div>
<div class="wp-caption aligncenter" id="attachment_39970" style="background-color: white; border-radius: 0px; border: 0px; box-sizing: inherit; clear: both; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin: 0px auto 10px; max-width: 100%; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 625px;">
<a href="https://nocaute.blog.br/wp-content/uploads/2018/10/Screen-Shot-2018-10-08-at-14.57.56.png" style="background-color: transparent; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #c01e1e; font: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; touch-action: manipulation; vertical-align: baseline;"><img alt="" class="size-full wp-image-39970 loaded" data-lazyloaded="1" data-sizes="(max-width: 615px) 100vw, 615px" data-src="https://nocaute.blog.br/wp-content/uploads/2018/10/Screen-Shot-2018-10-08-at-14.57.56.png" data-srcset="https://nocaute.blog.br/wp-content/uploads/2018/10/Screen-Shot-2018-10-08-at-14.57.56.png 615w, https://nocaute.blog.br/wp-content/uploads/2018/10/Screen-Shot-2018-10-08-at-14.57.56-213x300.png 213w" data-was-processed="true" height="868" sizes="(max-width: 615px) 100vw, 615px" src="https://nocaute.blog.br/wp-content/uploads/2018/10/Screen-Shot-2018-10-08-at-14.57.56.png" srcset="https://nocaute.blog.br/wp-content/uploads/2018/10/Screen-Shot-2018-10-08-at-14.57.56.png 615w, https://nocaute.blog.br/wp-content/uploads/2018/10/Screen-Shot-2018-10-08-at-14.57.56-213x300.png 213w" style="border: 0px; box-sizing: inherit; display: block; font: inherit; height: auto; margin: 10px 0px 0px; max-width: 100%; padding: 0px; vertical-align: baseline;" width="615" /></a><br />
<div class="wp-caption-text" style="border: 0px; box-sizing: inherit; font-family: inherit; font-size: 13px; font-stretch: inherit; font-style: italic; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; margin-top: 4px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
Eduardo Bolsonaro e Steve Bannon em Nova York</div>
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Sites e blogs foram fabricados com notícias falsas para bombardear diretamente as pessoas influenciáveis a esse tipo de mensagem. Além disso, foi explorado também um sentimento anti-establishment, anti-mídia tradicional e anti “tudo isso que está aí”. Quando as pessoas recebiam várias notícias de forma direta, e não viam essas notícias repercutirem na grande mídia, chegavam à conclusão de que a grande mídia mente e esconde a verdade que eles tem.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Se antes a mídia tradicional podia manipular a população, a manipulação teria que ser feita abertamente, aos olhos de todos. Agora, todos temos telas privadas que nos mandam mensagens diretamente. Ninguém sabe que tipo de informação a pessoa do lado está recebendo ou quais mensagens estão construindo sua percepção de realidade.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Com esse poder nas mãos, Bannon conseguiu popularizar a alt right (movimento de extrema direita americana) entre os jovens, que resultou nos protestos “unite de right” no ano passado em Charlottesville, Virgínia, que tiveram a participação de supremacistas brancos. Bannon trabalhou na campanha presidencial de Donald Trump e foi estrategista de seu governo. A Cambridge Analytica trabalhou também no referendo do Brexit, que foi vencido principalmente por argumentos originados de fakenews.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Quando a manipulação veio à tona, Mark Zuckerberg foi chamado ao senado americano para depor. Pra quem entendeu o que houve, ficou claro que a democracia da nação mais importante do mundo havia sido hackeada. Mas os congressistas pouco entendimento tinham de mídia social; e quem estaria disposto a admitir que a democracia pode ser hackeada através da manipulação dos indivíduos?</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Zuckerberg estava apenas pensando em estabelecer um modelo de negócios lucrativo com a venda de anúncios direcionados. A coleta de dados e a avaliação de perfil psicológico das pessoas tinham a intenção “inocente” de fazer as pessoas clicarem em anúncios pagos. Era apenas um modelo de negócios. Mas esse mesmo instrumento pode ser usado com finalidade política.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Ele se deu conta disso e sabia que as eleições brasileiras podiam estar em risco também. Somos uma das maiores democracias do mundo. O facebook tomou medidas ativas para evitar que as campanhas de desinformação e manipulações ocorressem em sua rede social. Muitas contas fake e páginas que compartilhavam informações falsas foram retiradas do facebook no período que antecede as eleições.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Mas não contavam com a capilarização e a popularização dos grupos de whatsapp. Whatsapp é um aplicativo de mensagens diretas entre indivíduos; por isso, não pode ser monitorado externamente. Não há como regular as fakenews, portanto. Fazer um perfil fake no whatsapp também é bem mais fácil que em outras redes sociais e mais difícil de ser detectado.</div>
<div class="nocaute-noticia-meio" id="nocaute-436752296" style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<ins class="adsbygoogle" data-ad-client="ca-pub-6909745012144086" data-ad-format="auto" data-ad-slot="8088566179" data-adsbygoogle-status="done" style="background-color: transparent; border: 0px; box-sizing: inherit; display: block; font: inherit; height: 90px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><ins id="aswift_0_expand" style="background-color: transparent; border: none; box-sizing: inherit; display: inline-table; font: inherit; height: 90px; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; vertical-align: baseline; visibility: visible; width: 730px;"><ins id="aswift_0_anchor" style="background-color: transparent; border: none; box-sizing: inherit; display: block; font: inherit; height: 90px; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; vertical-align: baseline; visibility: visible; width: 730px;"><iframe allowfullscreen="true" allowtransparency="true" frameborder="0" height="90" hspace="0" id="aswift_0" marginheight="0" marginwidth="0" name="aswift_0" scrolling="no" style="border-style: initial; border-width: 0px; box-sizing: inherit; font: inherit; height: 90px; left: 0px; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; top: 0px; vertical-align: baseline; width: 730px;" vspace="0" width="730"></iframe></ins></ins></ins></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Lembram do Steve Bannon, que sonhou com o retorno de uma extrema direita nacionalista forte mundialmente? Que tinha ideias que são classificadas como anti minorias, racistas e homofóbicas? E que usou um sentimento difuso anti “tudo que está aí”, e um medo de os homens se sentirem indefesos para conquistar adeptos?</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Pois bem, ele se encontrou em agosto com Eduardo Bolsonaro. Bolsonaro disse que o Bannon apoiaria a campanha do seu pai com suporte e “dicas de internet”, essas coisas. Bannon é agora um “consultor eventual” da campanha. Era o candidato ideal pra ele, por compartilhava suas ideias, no cenário ideal: um país passando por uma grave crise econômica com a população desiludida com a sua classe política.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Logo depois de manifestações de mulheres nas ruas de todo o Brasil e do mundo contra Bolsonaro, o apoio do candidato subiu, entre o público feminino, de 18 para 24 por cento. Um aumento de 6 pontos depois de grande parte das mulheres se unir para demonstrar sua insatisfação com o candidato.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Isso acontece porque, de um lado, a grande mídia simplesmente ignorou as manifestações e, por outro, houve um ataque preciso às manifestações através dos grupos de whatsapp pró-Bolsonaro. Vídeos foram editados com cenas de outras manifestações, com mulheres mostrando os seios ou quebrando imagens sacras, mas utilizadas dessa vez para desmoralizar o movimento #elenão entre as mais conservadoras.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Além disso, Eduardo Bolsonaro veio a público logo após a manifestação e declarou: “As mulheres de direita são mais bonitas que as de esquerda. Elas não mostram os peitos e nem defecam nas ruas. As mulheres de direita têm mais higiene.” Essa declaração pode parece pueril ou simplesmente estúpida mas é feita sob medida para estimular um sentimento de repulsa para com o “outro lado”.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Isso não é nenhuma novidade. A máquina de propaganda do nazismo alemão associava os judeus a ratos. O discurso era que os judeus estavam infestando as cidades alemãs como os ratos. Esse é um discurso que associa o sentimento de repulsa e nojo a uma determinada população, o que faz com que o indivíduo queira se identificar com o lado “limpo” da história. Daí os 6 por cento das mulheres que passaram a se identificar com o Bolsonaro.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Agora é possível compreender porque é tão difícil usar argumentos racionais para dialogar com um eleitor do Bolsonaro? Agora você se dá conta do nível de manipulação emocional a que seus amigos e familiares estão expostos? Então a pergunta é: “o que fazer?”</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Não adiante confrontá-los e acusá-los de massa de manobra. Isso só vai fazer com que eles se fechem e classifiquem você como um inimigo “do outro lado”. Ser chamado de manipulado pode ser interpretado como ser chamado de burro, o que só vai gerar uma troca de insultos improdutiva.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Tenha empatia. Essas pessoas não são tolas ou malvadas; elas estão tendo suas emoções manipuladas e estão submetidas a uma percepção da realidade bastante diferente da sua.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Tente trazê-las aos poucos para a razão. Não ofereça seus argumentos racionais logo de cara, eles não vão funcionar com essas pessoas. A única maneira de mudar seu pensamento é fazer com que tais pessoas percebam sozinhas que não há argumentos que fundamentem suas crenças e as notícias veiculadas de maneira falsa.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Isso só pode ser feito com uma grande dose de paciência e de escuta. Peça para que a pessoa defenda racionalmente suas decisões políticas. Esteja aberto para ouvi-la, mas continue sempre perguntando mais e mais, até ela perceber que chegou num ponto em que não tem argumentos para responder.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Pergunte, por exemplo: “Por que você decidiu por esse candidato? Por que você acha que ele vai mudar as coisas? Você acha que ele está preparado? Você conhece as propostas dele? Conhece o histórico dele como político? Quais realizações ele fez antes que você aprova?”</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Em muitos casos, a pessoa tentará mudar o discurso para falar mal de um outro partido ou do movimento feminista. Tal estratégia é esperada porque eles foram programados para achar que isso representa “o outro lado”, os inimigos a combater.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Nesse caso, o caminho continua o mesmo: tentar trazer a pessoa para sua própria razão: “Por que você acha que esse partido é tão ruim assim? Sua vida melhorou ou piorou quando esse partido estava no poder? Como você conhece o movimento feminista? Você já participou de alguma reunião feminista ou conhece alguém envolvido nessa luta?”</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Se perceber que a pessoa não está pronta para debater, simplesmente retire-se da discussão. Não agrida ou nem ofenda, comportamento que radicalizaria o pensamento de “somos nós contra eles”. Tenha em mente que os discursos que essa pessoa acredita foram incutidos nela de maneira que houvesse uma verdadeira identificação emocional, se tornando uma espécie de segunda identidade. Não é de uma hora pra outra que se muda algo assim.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Duas das mais importantes democracias do mundo já foram hackeadas utilizando tais técnicas de manipulação. O alvo atual é o nosso país, com uma das mais importantes democracias do mundo. Não vamos deixar que essas forças nos joguem uns contra os outros, rasgando nosso tecido social de uma maneira irrecuperável.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 25px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
P.S.: Por favor, pesquise extensamente sobre todo e qualquer assunto que expus aqui, e sobre o qual você esteja em dúvida. Não sou de nenhum partido. Sou filósofo e, como filósofo, me interesso pela verdade, pela ética e pelo verdadeiro debate de ideias.</div>
<a href="https://www.nocaute.blog.br/assine-o-nocaute/" style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #c01e1e; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; touch-action: manipulation; vertical-align: baseline;"></a><br />
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Lato; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: inherit; font-weight: 400; letter-spacing: normal; line-height: inherit; margin: 0px 0px 25px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; vertical-align: baseline; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<em style="border: 0px; box-sizing: inherit; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: italic; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Rafael Azzi é mestre em Estética e Filosofia da Arte pela Universidade Federal de Ouro Preto e doutor em Filosofia pela PUC-RJ.</em></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: inherit; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin: 0px 0px 25px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-indent: 0px; vertical-align: baseline; widows: 2;">
<span style="border: 0px; box-sizing: inherit; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="color: #333333; font-family: "lato";"><i><a href="https://nocaute.blog.br/2018/10/08/sua-tia-nao-e-fascista-ela-esta-sendo-manipulada/">https://nocaute.blog.br/2018/10/08/sua-tia-nao-e-fascista-ela-esta-sendo-manipulada/</a></i></span></span><br />
<span style="border: 0px; box-sizing: inherit; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="color: #333333; font-family: "lato";"><br /></span></span></div>
José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2137654067457385097.post-87894413850301648482018-10-08T05:09:00.000-03:002018-10-09T05:10:05.816-03:00O STF e a maldição da Constituição estuprada<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/NpqB_18WJ04" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe>José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2137654067457385097.post-69556363474103490722018-07-26T10:38:00.002-03:002018-07-26T10:38:53.697-03:00Facebook remove paginas falsas do MBL<div style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<figure class="media-landscape has-caption full-width lead" style="background-color: #111111; border: 0px; clear: both; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin: 32px -54.2188px 0px 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span class="image-and-copyright-container" style="border: 0px; color: inherit; display: block; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; letter-spacing: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; vertical-align: baseline;"><span class="off-screen" style="border: 0px !important; clip: rect(1px, 1px, 1px, 1px); color: inherit; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; height: 1px !important; letter-spacing: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px !important; position: absolute !important; vertical-align: baseline; width: 1px !important;">Direito d</span></span></figure><div class="story-body__introduction" style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-weight: bold; line-height: 1.375; margin-top: 28px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="story-body__introduction" style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-weight: bold; line-height: 1.375; margin-top: 28px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Na manhã desta quarta-feira, os responsáveis pelo Facebook anunciaram a <a class="story-body__link" href="https://www.bbc.com/portuguese/topics/e7539dc8-5cfb-413a-b4fe-0ad77bc665aa" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(17, 103, 168, 0.3); border-bottom-color: rgb(220, 220, 220); border-bottom-style: solid; border-image: initial; border-left-color: initial; border-left-style: initial; border-right-color: initial; border-right-style: initial; border-top-color: initial; border-top-style: initial; border-width: 0px 0px 1px; color: #222222; font-family: inherit; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; letter-spacing: inherit; line-height: 1.375; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; vertical-align: baseline;">remoção da rede social</a> de 196 páginas e 87 perfis de cunho político, </div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Em comunicado divulgado na manhã de hoje, o Facebook afirma que a remoção do conteúdo é "parte de nossos esforços contínuos para evitar abusos", e que a empresa agiu após uma "rigorosa investigação". As páginas e perfis removidos fariam "parte de uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo, com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação".</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Após a ação, o MBL lançou uma campanha contra a medida em diversas redes sociais - incluindo o próprio Facebook e o WhatsApp, que também pertence à empresa americana.</div>
<a name='more'></a><br />
<figure class="media-landscape has-caption full-width" style="background-color: #111111; border: 0px; clear: both; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin: 24px -24.6406px 0px 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span class="image-and-copyright-container" style="border: 0px; color: inherit; display: block; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; letter-spacing: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; vertical-align: baseline;"><img alt="Página do MBL no Facebook" class="responsive-image__img js-image-replace" data-highest-encountered-width="624" datasrc="https://ichef.bbci.co.uk/news/320/cpsprodpb/9695/production/_102694583_30919369-efe3-44ec-875d-ccb5cffac70b.jpg" height="634" src="https://ichef.bbci.co.uk/news/624/cpsprodpb/9695/production/_102694583_30919369-efe3-44ec-875d-ccb5cffac70b.jpg" style="border: 0px; color: #bdbdbd; display: block; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; height: auto; letter-spacing: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; max-width: 100%; padding: 0px; transition: opacity 0.2s ease-in; user-select: none; vertical-align: baseline; width: 616.203px;" width="1007" /></span><figcaption class="media-caption" style="border: 0px; color: inherit; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; letter-spacing: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 16px; vertical-align: baseline; visibility: visible;"><span class="off-screen" style="border: 0px !important; clip: rect(1px, 1px, 1px, 1px); color: inherit; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; height: 1px !important; letter-spacing: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px !important; position: absolute !important; vertical-align: baseline; width: 1px !important;">Image caption</span><span class="media-caption__text" style="border: 0px; color: #ececec; display: block; font-family: inherit; font-size: 0.8125rem; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; letter-spacing: inherit; line-height: 1.23077; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Ao longo do dia de hoje, a página do MBL no Facebook dedicou-se a denunciar a suposta 'censura' do Facebook | Imagem: Reprodução/Facebook</span></figcaption></figure><div style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
"É ação coordenada. Estão censurando em camadas. Completamente orwelliano", escreveu um dos coordenadores do movimento em mensagem à BBC News Brasil pelo WhatsApp. A referência é ao escritor britânico George Orwell (1903-1950). No livro "1984", Orwell descreve uma sociedade totalitária, na qual os cidadãos são controlados por uma mistura de propaganda, revisionismo histórico, vigilância e censura.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Ao longo da quarta-feira, a cúpula do movimento começou a estudar formas de responder ao que consideram um ataque do Facebook. Políticos simpáticos ao grupo no Congresso Nacional foram acionados para rechaçar a medida e o grupo estuda a possibilidade de mover ações judiciais contra o Facebook, além de cogitar a realização de manifestações. Ao mesmo tempo, um procurador da República em Goiás, Ailton Benedito, requisitou à empresa a lista de páginas e perfis removidos.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
A cúpula do MBL também tomou hoje uma medida de segurança: os coordenadores nacionais do grupo passaram a usar o Telegram, aplicativo de mensagens de origem russa considerado uma alternativa ao popular WhatsApp. É que este último pertence ao Facebook. "Não confio (no WhatsApp)", justificou um coordenador.</div>
<figure class="media-landscape has-caption full-width" style="background-color: #111111; border: 0px; clear: both; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin: 24px -24.6406px 0px 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span class="image-and-copyright-container" style="border: 0px; color: inherit; display: block; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; letter-spacing: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; vertical-align: baseline;"><img alt="Notificação do Telegram mostrando a entrada dpo vereador Fernando Holliday (DEM-SP) e de Renan Santos, ambos líderes do MBL" class="responsive-image__img js-image-replace" data-highest-encountered-width="624" datasrc="https://ichef.bbci.co.uk/news/320/cpsprodpb/2165/production/_102694580_121d42de-9321-489e-957b-5769ca7f0bfe.jpg" height="510" src="https://ichef.bbci.co.uk/news/624/cpsprodpb/2165/production/_102694580_121d42de-9321-489e-957b-5769ca7f0bfe.jpg" style="border: 0px; color: #bdbdbd; display: block; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; height: auto; letter-spacing: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; max-width: 100%; padding: 0px; transition: opacity 0.2s ease-in; user-select: none; vertical-align: baseline; width: 616.203px;" width="921" /></span><figcaption class="media-caption" style="border: 0px; color: inherit; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; letter-spacing: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 16px; vertical-align: baseline; visibility: visible;"><span class="off-screen" style="border: 0px !important; clip: rect(1px, 1px, 1px, 1px); color: inherit; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; height: 1px !important; letter-spacing: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px !important; position: absolute !important; vertical-align: baseline; width: 1px !important;">Image caption</span><span class="media-caption__text" style="border: 0px; color: #ececec; display: block; font-family: inherit; font-size: 0.8125rem; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; letter-spacing: inherit; line-height: 1.23077; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Notificações do Telegram mostram a entrada do vereador Fernando Holliday (DEM-SP) e de Renan Santos, ambos líderes do MBL</span></figcaption></figure><div style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
No mundo político, a medida do Facebook foi comemorada por representantes da esquerda. O candidato do PSOL à Presidência da República, Guilherme Boulos, classificou o MBL de "rede criminosa de calúnias e <i style="border: 0px; color: inherit; font-family: inherit; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; letter-spacing: inherit; line-height: 1.375; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">fake news</i>". "Agora é preciso investigar quem financiou e financia esta turma", escreveu ele no Twitter. Também pelo Twitter, o senador Humberto Costa (PT-PE) disse que o MBL "foi pego pelo Facebook por manter uma rede de páginas e contas falsas com a finalidade de propagar mentiras".</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O comunicado do Facebook é assinado por Nathaniel Gleicher, identificado como líder de Cibersegurança da empresa. "Nós estamos agindo apenas sobre as páginas e os perfis que violaram diretamente nossas políticas, mas continuaremos alertas para este e outros tipos de abuso, e removeremos quaisquer conteúdos adicionais que forem identificados por ferir as regras", diz o texto.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Um dos coordenadores do MBL, Pedro D'Eyrot, diz que o Facebook está promovendo "uma cruzada" contra o grupo. "O que nós temos agora é uma empresa estrangeira interferindo na política brasileira, sob a desculpa esfarrapada de tentar proteger as eleições (de notícias falsas)", diz ele. "A partir do momento que eles começam a agir politicamente, a conversa (com a empresa) é outra", diz.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Em março deste ano, o jornal O Globo publicou reportagem apontando a suposta ligação do MBL com a página Ceticismo Político, que, na ocasião, divulgou o posicionamento de uma desembargadora carioca relacionando a vereadora assassinada Marielle Franco (PSOL) ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro. O MBL nega ligação com a página - que foi derrubada nesta quarta-feira.</div>
<h2 class="story-body__crosshead" style="background-color: white; border: 0px; color: #1e1e1e; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1.5rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-weight: inherit; line-height: 1.16667; margin: 32px 0px 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Qual a reação do MBL contra o Facebook?</h2>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O grupo cogita uma manifestação contra o Facebook nos próximos dias. Também deve ingressar com ações judiciais contra a empresa - o argumento é o de que o Facebook teria rompido o artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, pois algumas das páginas removidas tinham dinheiro aplicado para impulsionar (aumentar a visibilidade) de suas publicações.</div>
<figure class="media-landscape has-caption full-width" style="background-color: #111111; border: 0px; clear: both; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin: 24px -24.6406px 0px 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span class="image-and-copyright-container" style="border: 0px; color: inherit; display: block; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; letter-spacing: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; vertical-align: baseline;"><img alt="Pessoas usando celulares" class="responsive-image__img js-image-replace" data-highest-encountered-width="624" datasrc="https://ichef.bbci.co.uk/news/320/cpsprodpb/4875/production/_102694581_a8574e6f-43ec-42a0-bd7e-b838b87907e2.jpg" height="549" src="https://ichef.bbci.co.uk/news/624/cpsprodpb/4875/production/_102694581_a8574e6f-43ec-42a0-bd7e-b838b87907e2.jpg" style="border: 0px; color: #bdbdbd; display: block; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; height: auto; letter-spacing: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; max-width: 100%; padding: 0px; transition: opacity 0.2s ease-in; user-select: none; vertical-align: baseline; width: 616.203px;" width="976" /><span class="off-screen" style="border: 0px !important; clip: rect(1px, 1px, 1px, 1px); color: inherit; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; height: 1px !important; letter-spacing: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px !important; position: absolute !important; vertical-align: baseline; width: 1px !important;">Direito de imagem</span><span class="story-image-copyright" style="background: rgba(0, 0, 0, 0.6); border: 0px; bottom: 0px; color: #ececec; font-family: inherit; font-size: 0.75rem; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; letter-spacing: 0.25px; line-height: 1.33333; margin: 0px; padding: 3px 8px 1px; position: absolute; right: 0px; text-transform: uppercase; vertical-align: baseline;">GETTY IMAGES</span></span><figcaption class="media-caption" style="border: 0px; color: inherit; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; letter-spacing: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 16px; vertical-align: baseline; visibility: visible;"><span class="off-screen" style="border: 0px !important; clip: rect(1px, 1px, 1px, 1px); color: inherit; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; height: 1px !important; letter-spacing: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px !important; position: absolute !important; vertical-align: baseline; width: 1px !important;">Image caption</span><span class="media-caption__text" style="border: 0px; color: #ececec; display: block; font-family: inherit; font-size: 0.8125rem; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; letter-spacing: inherit; line-height: 1.23077; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Algumas das páginas derrubadas tinham dinheiro aplicado para ampliar seu alcance, argumenta o MBL</span></figcaption></figure><div style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Ao longo da quarta-feira, o grupo acionou congressistas de direita para falar contra a suposta "censura" do Facebook - o deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS) chegou a dizer que iria estudar a possibilidade de coletar assinaturas de seus colegas, com o objetivo de instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
"Acredito que o melhor ambiente para estes esclarecimentos seja no Congresso, com a instalação de uma CPI. Uma empresa com o tamanho e o alcance do Facebook pode influenciar na tomada de decisões dos eleitores", disse o deputado. Goergen fez a ressalva de que uma eventual coleta de assinaturas só poderia ocorrer depois do fim do recesso parlamentar.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Em outra ponta, o procurador da República em Goiás Ailton Benedito requisitou à rede social que apresente em até 48 horas a relação das páginas removidas e uma justificativa para a retirada de cada uma delas. À BBC News Brasil, Ailton disse que a requisição tem por objetivo obter dados para uma outra investigação em curso, que visa apurar se o Facebook está "impondo censura de natureza discriminatória ao usuário brasileiro".</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Segundo Ailton, que é o atual chefe do MPF em Goiás, o objetivo é proteger "o direito constitucional à liberdade de informação e opinião".</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
"O fato de ser empresa privada não a exclui da obrigação de fornecer essas informações. Sendo um provedor de aplicativo de internet, deve estar de acordo com o Marco Civil da Internet. A internet é um serviço de natureza social e pública", argumenta o procurador.</div>
<h2 class="story-body__crosshead" style="background-color: white; border: 0px; color: #1e1e1e; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1.5rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-weight: inherit; line-height: 1.16667; margin: 32px 0px 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Quais páginas foram removidas?</h2>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Na manhã de quarta, o Facebook tirou do ar páginas ligadas a células do MBL em São José dos Campos (SP) e em Taubaté (SP). Também removeu páginas de militantes como Renato Battista e Thomaz Henrique Barbosa. Outra página removida foi a do Movimento Brasil 200, uma campanha de empresários pró-liberdade de mercado capitaneada por Flávio Rocha, dono da rede de lojas Riachuelo. Até meados de julho, Rocha era pré-candidato à Presidência pelo PRB, e contava com o apoio do MBL.</div>
<figure class="media-landscape has-caption full-width" style="background-color: #111111; border: 0px; clear: both; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin: 24px -24.6406px 0px 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span class="image-and-copyright-container" style="border: 0px; color: inherit; display: block; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; letter-spacing: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; vertical-align: baseline;"><img alt="O empresário Flávio Rocha em ato no MBL" class="responsive-image__img js-image-replace" data-highest-encountered-width="624" datasrc="https://ichef.bbci.co.uk/news/320/cpsprodpb/6F85/production/_102694582_bf201639-da8d-4fab-b216-705a9cf4c3c4.jpg" height="549" src="https://ichef.bbci.co.uk/news/624/cpsprodpb/6F85/production/_102694582_bf201639-da8d-4fab-b216-705a9cf4c3c4.jpg" style="border: 0px; color: #bdbdbd; display: block; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; height: auto; letter-spacing: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; max-width: 100%; padding: 0px; transition: opacity 0.2s ease-in; user-select: none; vertical-align: baseline; width: 616.203px;" width="976" /><span class="off-screen" style="border: 0px !important; clip: rect(1px, 1px, 1px, 1px); color: inherit; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; height: 1px !important; letter-spacing: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px !important; position: absolute !important; vertical-align: baseline; width: 1px !important;">Direito de imagem</span><span class="story-image-copyright" style="background: rgba(0, 0, 0, 0.6); border: 0px; bottom: 0px; color: #ececec; font-family: inherit; font-size: 0.75rem; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; letter-spacing: 0.25px; line-height: 1.33333; margin: 0px; padding: 3px 8px 1px; position: absolute; right: 0px; text-transform: uppercase; vertical-align: baseline;">REPRODUÇÃO/MBL</span></span><figcaption class="media-caption" style="border: 0px; color: inherit; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; letter-spacing: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 16px; vertical-align: baseline; visibility: visible;"><span class="off-screen" style="border: 0px !important; clip: rect(1px, 1px, 1px, 1px); color: inherit; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; height: 1px !important; letter-spacing: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px !important; position: absolute !important; vertical-align: baseline; width: 1px !important;">Image caption</span><span class="media-caption__text" style="border: 0px; color: #ececec; display: block; font-family: inherit; font-size: 0.8125rem; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; letter-spacing: inherit; line-height: 1.23077; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">O empresário Flávio Rocha num ato do MBL em São Paulo, em abril deste ano</span></figcaption></figure><div style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
No Twitter, Rocha disse que a exclusão da página era "inaceitável" e "uma violência". "Conclamo a bancada do Brasil 200 no Congresso Nacional a tomar posição sobre essa arbitrariedade. Nem no tempo da ditadura militar se verificava tamanha arbitrariedade", escreveu ele.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Também foram excluídas páginas mantidas por apoiadores do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL), mas não perfis oficiais ligados ao capitão da reserva.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Esta não é a primeira vez que o MBL reclama de ter seu conteúdo removido pelo Facebook. No começo de julho, a rede social tirou do ar por duas vezes uma popular página de memes de política, a Corrupção Brasileira Memes (CBM) - a página divulgava conteúdo de humor, ideologicamente associado à direita, e a maioria de seus administradores era de simpatizantes do MBL. A página tinha mais de um milhão de seguidores. Uma outra página de militantes do MBL no Rio de Janeiro também foi removida na mesma época.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<i style="border: 0px; color: inherit; font-family: inherit; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; letter-spacing: inherit; line-height: 1.375; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">*Colaborou Rafael Barifouse, da BBC News Brasil em São Paulo</i></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 1rem; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1.375; margin-top: 18px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #404040; font-family: Helmet, Freesans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><a href="https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44962130">https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44962130</a></span></div>
José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2137654067457385097.post-69300774491115765702018-07-02T19:27:00.002-03:002018-07-02T19:27:51.908-03:00Como e por que o Estado deve regular as chamadas fake news, por Pedro Neto<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNaoOecPTs1n4tFZvzukF6hHgDD29hvlg0HpenGkGySAbbwsf6Vd3R5IOr9B_GYglP3xwoIHvAyLxo5IlmaCxPrY4E4shKc0S0Bq5DEGtBi6-pdep7JSVUjdvNwkzNC-ZkKpMq2PbBBF1a/s1600/fake-news+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="351" data-original-width="624" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNaoOecPTs1n4tFZvzukF6hHgDD29hvlg0HpenGkGySAbbwsf6Vd3R5IOr9B_GYglP3xwoIHvAyLxo5IlmaCxPrY4E4shKc0S0Bq5DEGtBi6-pdep7JSVUjdvNwkzNC-ZkKpMq2PbBBF1a/s320/fake-news+%25281%2529.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
<span style="font-weight: 700;">Jornal GGN -</span> Para entrar na questão das fake news sem dar azo a iniciativas que colocam em xeque a liberdade de expressão, o Estado precisa deixar de lado a ideia de que está combatendo uma nova forma de produzir mentiras em escala industrial e focar em "entender a lógica das plataformas digitais, seu modus operandi, para proteger os dados dos usuários."<a name='more'></a></div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
"(...) o bom combate nessa matéria não é a criminalização da mentira, mas, sim, a atenção que a sociedade deve pôr nos projetos de lei que pretendem regular a proteção de dados, como o PLC 53, em tramitação no Congresso Nacional, por intermédio do qual talvez possamos reduzir os incentivos para a produção massiva de fake news, sem nenhum risco à liberdade de informação."</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
É o que defende o membro do Ministério Público Federal Pedro Barbosa Pereira Neto, em artigo no Conjur.</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
<span style="font-size: 16px;"><span style="font-weight: 700;">Pedro Barbosa Pereira Neto </span></span></div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
<a href="https://www.conjur.com.br/2018-jul-02/regular-fake-news" style="color: #333333; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; transition: all 0.1s linear;"><span style="font-weight: 700;">No Conjur</span></a></div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
Há um espectro que ronda a democracia contemporânea: a regulação das chamadas fake news. O emprego das redes sociais na atividade política saudada inicialmente como meio emancipatório da cidadania se tornou ultimamente motivo de grande preocupação diante da difusão em escala industrial de notícias falsas com potencial de envenenar a esfera pública. O referendo do Brexit na Grã-Bretanha (2016), as eleições americanas (2016), o escândalo da Cambridge Analytica (Grã-Bretanha) foram marcados, umas mais outras menos, por notícias com emprego fraudulento de informações destinadas a manipular a opinião pública.</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
O efeito disruptivo das fake news não pode ser menosprezado. A utilização de informações sem curadoria pode nos remeter à idade das cavernas em termos civilizatórios e talvez o radicalismo político que o país experimenta atualmente tenha em boa medida origem nelas.</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
Não têm sido pouco os estudos que apontam para o efeito de “caixa de ressonância” das redes sociais utilizadas para o “encastelamento narcísico” de pessoas que acabam se utilizando desse meio inconscientemente para radicalizar suas opiniões. E isso é explorado profissionalmente por muita gente para configurar a opinião pública, inclusive por meio de robôs (bots) que acabam sendo utilizados, seja para produzir a própria notícia falsa, seja para alçar determinada fake news à condição de trending topic nas respectivas redes sociais. A utilização de bots ocorreu em diversos eventos políticos nacionais recentes: na eleição presidencial de 2014, no processo de impeachment (2015), nas eleições municipais de 2016, na greve geral de 2017, como informa estudo da FGV[1]. Tudo isso é possibilitado por plataformas digitais (Facebook, Twitter, WhatsApp) de alcance mundial, que confrontam os poderes de regulação da lei doméstica.</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
É exatamente sobre o uso nocivo desse novo modelo de comunicação que o estado democrático de direito é desafiado. Afinal, o que fazer? Num país de tradição autoritária como o Brasil, a tentação de passar uma espécie de facão legal na liberdade de informação, sob o argumento de regular as fake news, é enorme. Existem no Congresso Nacional mais de 20 projetos de lei que pretendem enquadrar as notícias falsas, alguns dos quais criminalizando a divulgação e compartilhamento de “informação falsa ou prejudicialmente incompleta”[2]. Embora os textos legais possam ser melhorados durante sua tramitação legislativa, o exemplo é revelador dos perigos que a matéria suscita. A vagueza de tipos penais como tais funciona exatamente como o remédio que mata o doente. A pretexto de regular corre-se o risco de cercear.</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
A mentira, o boato, a maledicência fazem parte da história da humanidade e é utópico achar que um dia será banida da terra. O Código Penal, de sua parte, já pune a calúnia, a difamação, a injúria (artigo 140), assim como o Código Eleitoral criminaliza a mentira no ambiente eleitoral (artigo 323). A circunstância de a mentira ou o boato trafegar por outros caminhos não muda o quadro legal; no geral, será no campo probatório que as chamadas fake news exigirá do aparelho do Estado novo comportamento. Em suma, nova técnica para materializar o eventual delito.</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
Mas o que é verdadeiramente perigoso para o debate público é a utilização dos dados que fornecemos gratuitamente às plataformas digitais e seu potencial de configurar e manipular a opinião pública. Como afirmou Ricardo Abramovay, em artigo publicado na revista Quatro Cinco Um, no século 21 “surge a publicidade de precisão, apoiada no conhecimento minucioso, massivo, mas individualizado de nossas preferências a partir de nossos posts, cliques e likes, mas também de nossas conversas, de nossos trajetos, de nossos games e de nossas compras”[3].</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
É essa distopia, de semelhança orwelliana, que fomenta a indústria das fake news com apelos muito difíceis de serem decifrados pelo usuário incauto, que tem potencial destrutivo sobre a esfera pública. É aqui que mora o perigo, porque já não seremos consumidores livres de informação pluralista, mas meros consumidores das nossas próprias visões e preconceitos. Com isso, perde-se espaço para o debate, a crítica e a tolerância, porque só interessam opiniões convergentes. Teremos, quiçá, doses diárias de “Dois Minutos de Ódio” como narrou George Orwell no “1984”. Noutras palavras, está em jogo o emprego sistemático de técnicas de propaganda para obliterar e entorpecer a capacidade de pensar criticamente, como assinalou Oswaldo Giacoia Junior[4].</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
Portanto, é necessário alargar o pensamento diante das chamadas fake news. O Estado, na defesa da democracia pluralista, não pode ter uma visão simplista. Não pode achar que está diante de um fenômeno novo da mentira, ainda que produzida em escala industrial. Deve avançar no sentido de entender a lógica das plataformas digitais, seu modus operandi, para proteger os dados dos usuários. Por isso, o bom combate nessa matéria não é a criminalização da mentira, mas, sim, a atenção que a sociedade deve pôr nos projetos de lei que pretendem regular a proteção de dados, como o PLC 53, em tramitação no Congresso Nacional, por intermédio do qual talvez possamos reduzir os incentivos para a produção massiva de fake news, sem nenhum risco à liberdade de informação.</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
[1] RUEDIGER, Marco Aurélio (Coord.). Robôs, redes sociais e política no Brasil: Estudo sobre interferências ilegítimas no debate público na web, riscos à democracia e processo eleitoral de 2018. Rio de Janeiro: FGV, Diretoria de Análise de Políticas Públicas (DAPP), 2017. Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/18695/Robos-redes-sociais-politica-fgv-dapp.pdf?sequence=1&isAllowed=y>.</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
[2] GRIGORI, Pedro. 20 projetos de lei no Congresso pretendem criminalizar fake news. 2018. Disponível em: <https://apublica.org/2018/05/20-projetos-de-lei-no-congresso-pretendem-criminalizar-fake-news/>.</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
[3] ABRAMOVAY, Ricardo. Aos dados, cidadãos! Revista Quatro Cinco Um. São Paulo, ano dois, número dez, p. 6-7, abr. 2018.</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
[4] JUNIOR, Oswaldo Giacoia. E se o erro, a fabulação, o engano revelarem-se tão essenciais quanto a verdade?. Folha de São Paulo, 19 fev. 2017. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2017/02/1859994-e-se-o-erro-a-fabulacao-o-engano-revelarem-se-tao-essenciais-quanto-a-verdade.shtml>.</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-weight: 700;">Pedro Barbosa Pereira Neto é membro do MPF e associado ao MPD.</span></em></div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"><div style="font-style: normal;">
</div>
<div style="font-style: normal;">
<span style="font-weight: 700;">Jornal GGN -</span> Para entrar na questão das fake news sem dar azo a iniciativas que colocam em xeque a liberdade de expressão, o Estado precisa deixar de lado a ideia de que está combatendo uma nova forma de produzir mentiras em escala industrial e focar em "entender a lógica das plataformas digitais, seu modus operandi, para proteger os dados dos usuários."</div>
<div style="font-style: normal;">
</div>
<div style="font-style: normal;">
"(...) o bom combate nessa matéria não é a criminalização da mentira, mas, sim, a atenção que a sociedade deve pôr nos projetos de lei que pretendem regular a proteção de dados, como o PLC 53, em tramitação no Congresso Nacional, por intermédio do qual talvez possamos reduzir os incentivos para a produção massiva de fake news, sem nenhum risco à liberdade de informação."</div>
<div style="font-style: normal;">
</div>
<div style="font-style: normal;">
É o que defende o membro do Ministério Público Federal Pedro Barbosa Pereira Neto, em artigo no Conjur.</div>
<div style="font-style: normal;">
</div>
<div style="font-style: normal;">
</div>
<div style="font-style: normal;">
<span style="font-size: 16px;"><span style="font-weight: 700;">Pedro Barbosa Pereira Neto </span></span></div>
<div style="font-style: normal;">
</div>
<div style="font-style: normal;">
<a href="https://www.conjur.com.br/2018-jul-02/regular-fake-news" style="color: #333333; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; transition: all 0.1s linear;"><span style="font-weight: 700;">No Conjur</span></a></div>
<div style="font-style: normal;">
</div>
<div style="font-style: normal;">
Há um espectro que ronda a democracia contemporânea: a regulação das chamadas fake news. O emprego das redes sociais na atividade política saudada inicialmente como meio emancipatório da cidadania se tornou ultimamente motivo de grande preocupação diante da difusão em escala industrial de notícias falsas com potencial de envenenar a esfera pública. O referendo do Brexit na Grã-Bretanha (2016), as eleições americanas (2016), o escândalo da Cambridge Analytica (Grã-Bretanha) foram marcados, umas mais outras menos, por notícias com emprego fraudulento de informações destinadas a manipular a opinião pública.</div>
<div style="font-style: normal;">
</div>
<div style="font-style: normal;">
O efeito disruptivo das fake news não pode ser menosprezado. A utilização de informações sem curadoria pode nos remeter à idade das cavernas em termos civilizatórios e talvez o radicalismo político que o país experimenta atualmente tenha em boa medida origem nelas.</div>
<div style="font-style: normal;">
</div>
<div style="font-style: normal;">
Não têm sido pouco os estudos que apontam para o efeito de “caixa de ressonância” das redes sociais utilizadas para o “encastelamento narcísico” de pessoas que acabam se utilizando desse meio inconscientemente para radicalizar suas opiniões. E isso é explorado profissionalmente por muita gente para configurar a opinião pública, inclusive por meio de robôs (bots) que acabam sendo utilizados, seja para produzir a própria notícia falsa, seja para alçar determinada fake news à condição de trending topic nas respectivas redes sociais. A utilização de bots ocorreu em diversos eventos políticos nacionais recentes: na eleição presidencial de 2014, no processo de impeachment (2015), nas eleições municipais de 2016, na greve geral de 2017, como informa estudo da FGV[1]. Tudo isso é possibilitado por plataformas digitais (Facebook, Twitter, WhatsApp) de alcance mundial, que confrontam os poderes de regulação da lei doméstica.</div>
<div style="font-style: normal;">
</div>
<div style="font-style: normal;">
É exatamente sobre o uso nocivo desse novo modelo de comunicação que o estado democrático de direito é desafiado. Afinal, o que fazer? Num país de tradição autoritária como o Brasil, a tentação de passar uma espécie de facão legal na liberdade de informação, sob o argumento de regular as fake news, é enorme. Existem no Congresso Nacional mais de 20 projetos de lei que pretendem enquadrar as notícias falsas, alguns dos quais criminalizando a divulgação e compartilhamento de “informação falsa ou prejudicialmente incompleta”[2]. Embora os textos legais possam ser melhorados durante sua tramitação legislativa, o exemplo é revelador dos perigos que a matéria suscita. A vagueza de tipos penais como tais funciona exatamente como o remédio que mata o doente. A pretexto de regular corre-se o risco de cercear.</div>
<div style="font-style: normal;">
</div>
<div style="font-style: normal;">
A mentira, o boato, a maledicência fazem parte da história da humanidade e é utópico achar que um dia será banida da terra. O Código Penal, de sua parte, já pune a calúnia, a difamação, a injúria (artigo 140), assim como o Código Eleitoral criminaliza a mentira no ambiente eleitoral (artigo 323). A circunstância de a mentira ou o boato trafegar por outros caminhos não muda o quadro legal; no geral, será no campo probatório que as chamadas fake news exigirá do aparelho do Estado novo comportamento. Em suma, nova técnica para materializar o eventual delito.</div>
<div style="font-style: normal;">
</div>
<div style="font-style: normal;">
Mas o que é verdadeiramente perigoso para o debate público é a utilização dos dados que fornecemos gratuitamente às plataformas digitais e seu potencial de configurar e manipular a opinião pública. Como afirmou Ricardo Abramovay, em artigo publicado na revista Quatro Cinco Um, no século 21 “surge a publicidade de precisão, apoiada no conhecimento minucioso, massivo, mas individualizado de nossas preferências a partir de nossos posts, cliques e likes, mas também de nossas conversas, de nossos trajetos, de nossos games e de nossas compras”[3].</div>
<div style="font-style: normal;">
</div>
<div style="font-style: normal;">
É essa distopia, de semelhança orwelliana, que fomenta a indústria das fake news com apelos muito difíceis de serem decifrados pelo usuário incauto, que tem potencial destrutivo sobre a esfera pública. É aqui que mora o perigo, porque já não seremos consumidores livres de informação pluralista, mas meros consumidores das nossas próprias visões e preconceitos. Com isso, perde-se espaço para o debate, a crítica e a tolerância, porque só interessam opiniões convergentes. Teremos, quiçá, doses diárias de “Dois Minutos de Ódio” como narrou George Orwell no “1984”. Noutras palavras, está em jogo o emprego sistemático de técnicas de propaganda para obliterar e entorpecer a capacidade de pensar criticamente, como assinalou Oswaldo Giacoia Junior[4].</div>
<div style="font-style: normal;">
</div>
<div style="font-style: normal;">
Portanto, é necessário alargar o pensamento diante das chamadas fake news. O Estado, na defesa da democracia pluralista, não pode ter uma visão simplista. Não pode achar que está diante de um fenômeno novo da mentira, ainda que produzida em escala industrial. Deve avançar no sentido de entender a lógica das plataformas digitais, seu modus operandi, para proteger os dados dos usuários. Por isso, o bom combate nessa matéria não é a criminalização da mentira, mas, sim, a atenção que a sociedade deve pôr nos projetos de lei que pretendem regular a proteção de dados, como o PLC 53, em tramitação no Congresso Nacional, por intermédio do qual talvez possamos reduzir os incentivos para a produção massiva de fake news, sem nenhum risco à liberdade de informação.</div>
<div style="font-style: normal;">
</div>
<div style="font-style: normal;">
[1] RUEDIGER, Marco Aurélio (Coord.). Robôs, redes sociais e política no Brasil: Estudo sobre interferências ilegítimas no debate público na web, riscos à democracia e processo eleitoral de 2018. Rio de Janeiro: FGV, Diretoria de Análise de Políticas Públicas (DAPP), 2017. Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/18695/Robos-redes-sociais-politica-fgv-dapp.pdf?sequence=1&isAllowed=y>.</div>
<div style="font-style: normal;">
[2] GRIGORI, Pedro. 20 projetos de lei no Congresso pretendem criminalizar fake news. 2018. Disponível em: <https://apublica.org/2018/05/20-projetos-de-lei-no-congresso-pretendem-criminalizar-fake-news/>.</div>
<div style="font-style: normal;">
[3] ABRAMOVAY, Ricardo. Aos dados, cidadãos! Revista Quatro Cinco Um. São Paulo, ano dois, número dez, p. 6-7, abr. 2018.</div>
<div style="font-style: normal;">
[4] JUNIOR, Oswaldo Giacoia. E se o erro, a fabulação, o engano revelarem-se tão essenciais quanto a verdade?. Folha de São Paulo, 19 fev. 2017. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2017/02/1859994-e-se-o-erro-a-fabulacao-o-engano-revelarem-se-tao-essenciais-quanto-a-verdade.shtml>.</div>
<div style="font-style: normal;">
</div>
<div style="font-style: normal;">
<br /></div>
<div style="font-style: normal;">
<div class="identify" style="float: right; font-size: 12px; text-align: right;">
<div class="user-picture">
<a href="https://jornalggn.com.br/usuario/rodrigo-roal" style="color: #cc0033; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; transition: all 0.1s linear;" title="Ver perfil do usuário."><img alt="imagem de Rodrigo Roal" class="imagecache imagecache-user_mini_thumb" height="50" src="https://jornalggn.com.br/sites/default/files/imagecache/user_mini_thumb/pictures/picture-33941.jpg" style="border: 1px solid rgb(238, 238, 238); height: auto; max-width: 100%;" title="Ver perfil do usuário." width="50" /></a></div>
<span class="author" style="color: #c1553a; font-style: italic; font-weight: 700;"><a href="https://jornalggn.com.br/usuario/rodrigo-roal" style="color: #c1553a; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; transition: all 0.1s linear;" title="Ver perfil do usuário.">Rodrigo Roal</a></span></div>
<h3 style="font-size: 16px; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px;">
<a href="https://jornalggn.com.br/comment/1236560#comment-1236560" style="color: #333333; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; transition: all 0.1s linear;">Campanha</a></h3>
<div class="submitted" style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #888888; font-size: 11px; margin-bottom: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
seg, 02/07/2018 - 18:14</div>
<div class="content" style="font-size: 12px; padding-top: 25px;">
<div class="details">
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; font-size: 13px; margin-bottom: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
campanha:</div>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; font-size: 13px; margin-bottom: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
Enquanto setores mundiais progressistas (união de partidos políticos de esquerda, sindicatos, coletivos, etc.) não se unirem para o estabelecimento planetário de seus próprios meios de armazenamento, busca e difusão de informações (buscadores, redes sociais, plataforma de armazenamento de vídeos e imagens...), <u><a href="https://www.rt.com/politics/411156-russia-to-launch-independent-internet/" style="color: #333333; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; transition: all 0.1s linear;" target="_blank">de preferência incluindo a criação de uma Internet paralela, a exemplo do que está sendo providenciado pelo governo da Rússia</a></u>, as forças reacionárias, detentoras do grande capital e dos meios respectivos da Internet (google, youtube, facebook...), seguirão manipulando a opinião pública com a faca e o queijo na mão.</div>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; font-size: 13px; margin-bottom: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
É preciso perceber, com urgência, que o capitalismo fim de linha, em seu atual estágio financeiro, está em guerra aberta de aniquilação e domínio contra a dissidência que coloca em xeque seus pressupostos e consequências nefastas.</div>
</div>
</div>
</div>
<div style="font-style: normal;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-weight: 700;">Pedro Barbosa Pereira Neto é membro do MPF e associado ao MPD.</span></em></div>
</em></div>
José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2137654067457385097.post-57258447643378948562018-06-26T19:11:00.002-03:002018-06-26T19:11:16.894-03:00Como o Atlantic City criou . a indústria do anti-fake news<iframe width="854" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/kgLG9nlmRkk" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe>José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2137654067457385097.post-52405505274554560022018-06-23T13:35:00.001-03:002018-06-23T13:35:16.740-03:00Renato Rovai denuncia que a censura foi colocada em prática com a desculpa de combate a fake news<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/XKIZvQ6kygo" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe>José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2137654067457385097.post-3294335671875730282018-06-23T13:33:00.002-03:002018-06-23T13:33:43.078-03:00Renato Rovai e Breno Altman sobre a censura com desculpa de combate a fake news<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/Ga3sEYNnoEI" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe>
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/gY9kH37Xoi8" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe>José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2137654067457385097.post-61325802855182355132018-06-23T13:30:00.003-03:002018-06-23T13:30:39.286-03:00A indústria do anti fake news, por Luis <h1 style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 26px; line-height: 29.9px; margin: 5px 0px 10px; padding: 0px;">
<iframe class="video-filter video-youtube vf-kglg9nlmrkk" frameborder="0" height="391" src="https://www.youtube.com/embed/kgLG9nlmRkk?rel=1&autoplay=0&wmode=opaque" style="font-size: 14px;" width="651"></iframe></h1>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
<span style="font-weight: 700;">Jornal GGN - </span>Notícia falsa existe desde que o mundo é mundo e desde os primórdios da imprensa isso ganhou uma dimensão muito grande. Nos últimos tempos houve uma explosão com a questão das fake news que está sendo colocada como a maior ameaça à democracia.</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
Surpreendentemente, há pouco tempo, surgiu nos Estados Unidos fake news para combater, pasme, as fake news, que foi a denúncia de que a Rússia teria influenciado decisivamente a eleição nos EUA.</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
Isso foi uma história falsa criada por uma instituição americana chamada Atlantic Council e que tem muita ligação com a Lava Jato. O ex-procurador geral Rodrigo Janot faz parte do conselho da instituição.</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
Pegaram um estudo falso feito por um blog bancado por eles de forma secreta que dizia que 200 sites e blogs haviam sido influenciados pela propaganda russa, o que não era verdade. A intenção deles, o Atlantic Council, era, sim, influenciar o mercado de opinião vendendo sempre a ideia da globalização, financeirização, e criou-se o caos. De um lado fomentou guerras e discursos de ódio, que é caso de polícia, e do outro uma proliferação de espaços, no mesmo ocupado por sites e blogs de esquerda, que influenciou ou enredou o próprio presidente do Facebook. O Facebook, para se livrar da pressão, contratou a própria Atlantic Council como consultor.</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
</div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
E qual foi a lógica deles e muito utilizada no Brasil? Que o veto às publicações teria que ser bancada pela sociedade civil através das agências de checagem que, de uma forma ou outra estão ligadas a grupos financeiros. E a primeira ação dessas agências de checagem foi cair em cima de sites e blogs de esquerda que fazem o contraponto à globalização alardeada.</div>
<div>
<br /></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<a href="https://jornalggn.com.br/noticia/a-industria-do-anti-fake-news-por-luis-nassif">https://jornalggn.com.br/noticia/a-industria-do-anti-fake-news-por-luis-nassif</a>José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2137654067457385097.post-58970191903862188452018-06-06T21:40:00.003-03:002018-06-06T21:40:37.726-03:00Agência Xeque: como a mídia usou o fakenews para beneficiar a máfia do lixo, por Luis Nassif<br />
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; font-family: "Times New Roman"; font-size: medium; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin: 0px; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
</div>
<div dir="ltr" style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
</div>
<br />
<div dir="ltr" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-position: 0px 0px; color: black; font-family: "Times New Roman"; font-size: medium; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin-bottom: 15px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
</div>
<br />
<div dir="ltr" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-position: 0px 0px; color: black; font-family: "Times New Roman"; font-size: medium; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin-bottom: 15px; orphans: 2; padding: 0px; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
<img alt="" original-title="" src="https://jornalggn.com.br/sites/default/files/imagens/collage_fotorestadao.jpg" style="border-radius: 3px; border: 0px; cursor: move; height: 421px; max-width: 600px; width: 750px;" /></div>
</div>
<h2 style="color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 26px; line-height: 29.9px; margin: 0px; padding: 0px;">
Fato 1 – o consórcio SOMA</h2>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
SOMA (Soluções de Meio Ambiente) é um consórcio criado em 2011 para participar da licitação do lixo na cidade de São Paulo. Inicialmente, era integrado pelas empresas Delta Construções, Cavo Serviços e Saneamento e Corpus Saneamento e Obras. Em 2012 a Delta deixou o consórcio e a Cavo ampliou sua participação para 82%, deixando a Corpus com 18%.</div>
</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
<img original-title="" src="https://jornalggn.com.br/sites/default/files/imagens/lixo00.png" style="border-radius: 3px; border: 2px solid; cursor: move; float: left; height: 400px; margin: 2px 12px; max-width: 600px; width: 400px;" /></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
A Cavo é controlada pela <a href="https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/03/pf-descobre-fraudes-de-empresas-de-limpeza-em-desdobramento-da-lava-jato.shtml" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; transition: all 0.1s linear;">Estra Ambiental, do empresário Wilson Quintela Filho, citado nas delações premiadas da Lava Jato, empresário conhecido e com boas relações com alguns jornais.</a> A <a href="http://www.valor.com.br/politica/5354589/operacao-descarte-da-pf-mira-lavagem-de-dinheiro-na-limpeza-urbana" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; transition: all 0.1s linear;">PF chegou a pedir a prisão de Quintela, mas a juíza não concedeu.</a></div>
</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
Ao lado dos transportes urbanos, o lixo costuma ser a parte mais barra-pesada dos serviços públicos.</div>
<a name='more'></a></div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
Em março deste ano, com a Operação Descarte <a href="http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/pf-mira-agentes-publicos-no-lixo-em-sp/" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; transition: all 0.1s linear;">a Polícia Federal desvendou um gigantesco esquema de lavagem de dinheiro</a> com envolvimento da SOMA. Agentes da Polícia Federal e da Receita fizeram busca e apreensão na sede da empresa e o material recolhido está sob análise. A operação foi deflagrada a partir da delação do doleiro Alberto Yousseff.</div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
Segundo informou o delegado Victor Hugo Rodrigues Alves Ferreira, desde que ganhou a licitação do lixo a SOMA já havia faturado R$ 1,1 bilhão do contrato com a prefeitura de São Paulo. Desse total, a Operação estimava que R$ 200 milhões foram lavados com o esquema. <a href="https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/pf-cumpre-mandados-em-empresas-de-limpeza-em-desdobramento-da-lava-jato.ghtml" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; transition: all 0.1s linear;">Foi considerada a maior operadora do sistema</a>.</div>
</div>
<h2 style="color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 26px; line-height: 29.9px; margin: 0px; padding: 0px;">
Fato 2 – as PPPs de Dória e Covas</h2>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
No seu curto período à frente da prefeitura, João Dória Júnior tentou emplacar uma PPP (Parceria Público Privada) da iluminação e <a href="https://jornalggn.com.br/noticia/doria-quer-barrar-ppp-que-oferece-menor-preco-na-iluminacao" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; transition: all 0.1s linear;">acabou se enrolando em suspeitas, ao vetar a empresa que ofereceu o menor preço.</a></div>
</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
Depois, se voltou para o lixo. O edital era claramente direcionado. Exigia experiência prévia de 36 meses. Essa exigência significaria que a empresa precisaria ter varrido <a href="https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/05/tribunal-de-contas-ve-riscos-e-barra-licitacao-de-varricao-da-gestao-covas.shtml" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; transition: all 0.1s linear;">939,3 mil quilômetros de ruas para ser considerada apta a competir</a>. Além disso, a licitação seria presencial, com a cidade dividida em apenas dois lotes.</div>
</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
A licitação foi barrada pelo Tribunal de Contas do Município, devido à baixa competitividade, a modelagem contratual e a insuficiente fiscalização da execução contratual pela administração, <a href="http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2017/11/1932166-tribunal-de-contas-libera-gestao-doria-para-fazer-licitacao-da-varricao-de-rua.shtml" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; transition: all 0.1s linear;">conforme afirmou o conselheiro João Antonio, em seu voto</a>. O TCM propunha pregão eletrônico, com no mínimo cinco lotes a serem disputados. Afinal, são licitações de baixa complexidade, já que os insumos são apenas mão de obra e caminhões.</div>
</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
A Selur (Sindicato das Empresas de Limpeza) apelou e uma decisão liminar foi tomada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo suspendendo a licitação.</div>
</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
Na gestão Gilberto Kassab, dividiu-se a cidade em apenas dois lotes, para efeito de varrição. No governo Haddad, o Secretário de Obras Simão Pedro encomendou um estudo técnico para saber qual o modelo mais eficiente, dois lotes ou cinco lotes, como era antes. Constatou-se que, com dois lotes, os contratos ficaram 82% mais caros.</div>
</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
<img original-title="" src="https://jornalggn.com.br/sites/default/files/imagens/lixo02.png" style="border-radius: 3px; border: 2px solid; cursor: move; float: left; height: 188px; margin: 2px 12px; max-width: 600px; width: 307px;" />Em 2011, antes da licitação de Kassab, a varrição custou R$ 576 milhões. Em 2012 saltou para R$ 730 milhões. Em 2017, custou R$ 1,1 bilhão ao município.</div>
</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
Os estudos do TCM constataram que “os valores pagos por kg de resíduo coletado dos contratos com dois lotes são notavelmente mais caros que os dos contratos com cinco lotes (decorrentes das licitações de 2005).</div>
</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
Doria saiu da prefeitura sem concretizar a licitação. Seu sucessor, Bruno Covas resolveu retomar. <a href="https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/05/gestao-tucana-afrouxa-fiscalizacao-de-contrato-de-limpeza-em-sao-paulo.shtml" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; transition: all 0.1s linear;">Antes disso, em setembro de 2017, como Secretário das Prefeituras Regionais, Covas assinou uma portaria relaxando a fiscalização dos serviços de varrição.</a> Havia 71 agentes incumbidos de fiscalizar os serviços. Com a portaria, eles foram incumbidos de tratar outras centenas de infrações menores, como problemas de alvarás e desníveis de calçadas.</div>
</div>
<h2 style="color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 26px; line-height: 29.9px; margin: 0px; padding: 0px;">
Fato 3 – o caso Chalita a tabelinha mídia-Ministério Público</h2>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
Na estreia da Agência Xeque, mostramos como o <span style="font-weight: 700;">Estadão</span> e a <span style="font-weight: 700;">Veja</span> se valeram de <a href="https://jornalggn.com.br/noticia/agencia-xeque-como-o-estadao-e-veja-usaram-fakenews-para-crucificar-chalita" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; transition: all 0.1s linear;">fakenews para crucificar o ex-Secretário Gabriel Chalita</a>. Um procurador do Ministério Público Estadual, Nadir de Campos Júnior, denunciou Chalita por supostamente ter recebido favores de fornecedores do estado. <span style="font-weight: 700;">Veja</span> usou até um photoshop para manipular foto de Chalita com o delator. O <span style="font-weight: 700;">Estadão</span>entrou atrás avalizando todas as denúncias. Ao todo, foram abertos 11 inquéritos contra Chalita e o então Procurador Geral da República Roberto Gurgel encaminhou a denúncia ao STF (Supremo Tribunal Federal).</div>
</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
Passou em branco denúncia de um ex-diretor de Tecnologia da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) de que foi procurado por Walter Feldman, a mando de José Serra, oferecendo R$ 500 mil para que endossasse as acusações.</div>
</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
Todos os inquéritos foram arquivados. Tempos depois, o procurador foi denunciado criminalmente por falsificação de documento particular e uso de documento falso, visando fraudar as eleições para a Associação Paulista do Ministério Público.</div>
</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
Mas a carreira de Chalita já estava irremediavelmente comprometida.</div>
</div>
<h2 style="color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 26px; line-height: 29.9px; margin: 0px; padding: 0px;">
Fato 4 – o fakenews do Estadão</h2>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
Agora se repete o jogo.</div>
</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
<img alt="/var/folders/hy/dl8cpd596lx8m5wsqntm05c40000gp/T/com.microsoft.Word/Content.MSO/28C74DB0.tmp" original-title="" src="https://jornalggn.com.br/sites/default/files/imagens/lixo03.png" style="border-radius: 3px; border: 2px solid; cursor: move; float: left; height: 350px; margin: 2px 12px; max-width: 600px; width: 400px;" />O promotor Marcelo Milani abriu um inquérito para apurar acusação de que o presidente do TCM, <a href="http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,mpe-investiga-suposta-propina-a-chefe-do-tcm,70002318473?from=whatsapp" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; transition: all 0.1s linear;">João Antônio, principal opositor da licitação do lixo, teria pedido propina de R$ 30 milhões</a>.</div>
</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
Segundo o Estadão, “o inquérito tem como base um depoimento, dado por testemunha protegida. Seu termo de declarações afirma que representantes de empresas do setor “receberam funcionário do TCM cuja identidade desconhecem, pedindo para pagamento a quantia de R$ 30 milhões a ser em tese revertida em prol do relator João Antônio”, sem mais detalhes do pedido”.</div>
</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
Confiram:</div>
</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
Uma testemunha protegida (ou seja, anônima), diz que representantes de empresas do setor (não se sabe quem), receberam funcionário do TCM, “cuja identidade desconhecem”, pedindo a quantia para “em tese” ser revertida para João Antônio.</div>
</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
O promotor <a href="https://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/haddad-depoe-sobre-suposto-pedido-de-propina-de-promotor-relacionado-a-arena-corinthians.ghtml" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; transition: all 0.1s linear;">Marcelo Milano já havia sido denunciado pelo ex-prefeito Haddad por supostamente ter achacado, pedindo R$ 1 milhão</a> para não entrar com ações judicial relacionado à Arena Corinthians.</div>
</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
Em junho do ano passado, Haddad informou à imprensa ter fornecido à Corregedoria do MPE elementos que permitiam apurar os fatos relacionados ao suposto achaque. Até hoje não se conhecem os resultados da investigação.</div>
</div>
<h2 style="color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 26px; line-height: 29.9px; margin: 0px; padding: 0px;">
Fato 5 – os resultados do fakenews</h2>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
O quebra-cabeças tem, portanto, os seguintes personagens:</div>
</div>
<ol style="color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin: 0px 0px 1.5em 1.667em; padding: 0px;">
<li style="margin: 0px; padding: 0px;">Uma empresa, a SOMA, envolvida em diversas denúncias de corrupção, enrolada com as delações da Lava Jato e com lavagem de dinheiro. Inclusive com varias dessas denúncias sendo publicadas no Estadão.</li>
<li style="margin: 0px; padding: 0px;">Um ex-prefeito, João Dória Júnior, que impediu que a empresa que oferecesse o menor preço vencesse a licitação para iluminação pública.</li>
<li style="margin: 0px; padding: 0px;">Seu sucessor, Bruno Covas, acusado de ter afrouxado a fiscalização sobre as empresas de lixo.</li>
<li style="margin: 0px; padding: 0px;">Um procurador acusado de ter achacado uma empreiteira.</li>
<li style="margin: 0px; padding: 0px;">Um político, João Antônio, presidente do TCM, egresso das comunidades eclesiais de base, que fez uma carreira política com diversos mandatos de vereador e deputado estadual, sem uma denúncia sequer.</li>
</ol>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
Assim como no episódio Chalita, o Estadão acolheu a denúncia e publicou-a na primeira página. Com a denúncia plantada, a intenção dos autores é permitir uma nova prorrogação dos contratos de lixo. Em fins do ano passado foi feita a primeira prorrogação, por seis meses. Significou R$ 550 milhões para as duas empresas. Com mais 6 meses de prorrogação, elas conseguirão outro tanto.</div>
</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
Há um jabuti no alto da árvore majestosa do Estadão. Quem o colocou lá?</div>
</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
</div>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , "geneva" , "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: 14px;"><a href="https://jornalggn.com.br/noticia/agencia-xeque-como-a-midia-usou-o-fakenews-para-beneficiar-a-mafia-do-lixo">https://jornalggn.com.br/noticia/agencia-xeque-como-a-midia-usou-o-fakenews-para-beneficiar-a-mafia-do-lixo</a></span></span></div>
</div>
<div style="margin: 0px;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , "geneva" , "dejavu sans" , sans-serif;"></span></div>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
</div>
<div style="margin: 0px;">
</div>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , "geneva" , "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: 14px;"><br /></span></span></div>
</div>
</div>
José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2137654067457385097.post-9424187417802447282018-06-06T21:39:00.003-03:002018-06-06T21:39:55.003-03:00Agência Xeque: as premiações internacionais e a imprensa jeca, por Luis Nassif<h1 style="line-height: 29.9px; margin: 5px 0px 10px; padding: 0px;">
<br /></h1>
<div class="field content-taxonomy field-autor" style="color: #666666; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; font-weight: 700; margin-bottom: 10px;">
<div class="item odd">
Luis Nassif</div>
</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<img height="567" original-title="" src="https://lh4.googleusercontent.com/C4PwPVs7XdwmDQ1TsQnvJcLUDymRuXxqdNBCvX2tlJthekTCau3BGVi6oqFsfk76vTN-M58aU-ej2svYoILk8TwQxX35oqTUUl_bT8XGlXaKm_w7TyzyT9Sy6GK3GfYukAl5TRKE0O5LMbMMzw" style="border-radius: 3px; border: none; height: auto !important; max-width: 600px !important;" width="567" /></div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Conforme colocamos no artigo de criação da Agência Xeque, uma das vulnerabilidades das atuais agências de checagem é se fixarem no factual, sem capacidade de contextualizar ou valorar os temas analisados.</div>
<div dir="ltr" style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-9be18be4-6e6a-77ed-2057-c3728aa198da">Com duas verdades é possível contar uma mentira. Basta dar ênfase a um episódio irrelevante ou minimizar um episódio de peso.</span></div>
<div dir="ltr" style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-9be18be4-6e6a-77ed-2057-c3728aa198da">Vamos analisar duas premiações internacionais.</span><br />
<a name='more'></a></div>
<h2 dir="ltr" style="color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 26px; line-height: 29.9px; margin: 0px; padding: 0px;">
<br /></h2>
<h2 dir="ltr" style="color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 26px; line-height: 29.9px; margin: 0px; padding: 0px;">
Homem do Ano pela Câmara de Comércio dos EUA</h2>
<div>
<br /></div>
<div dir="ltr" style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-9be18be4-6e6a-77ed-2057-c3728aa198da">A Câmara Brasileiro Americana de Comércio NÃO é uma câmara de comércio clássica, voltada para o comércio exterior, que apoia exportadores para encontrar distribuidores ou importadores atrás de fornecedores. Também não executa tarefas documentais, como certificar listas de preços, faturas, funções tradicionais das Câmaras de Comércio verdadeiras.</span></div>
<div dir="ltr" style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-9be18be4-6e6a-77ed-2057-c3728aa198da">A de Nova York é um escritório de relacionamentos (networking), tipo a LIDE, de João Doria Junior. Ela tem dez escritórios de advocacia no seu conselho, vários lobistas históricos, como Thomas McLarthy, e advogados de bancos. A Petrobras também está no Conselho, assim como a Baker Mackenzie, escritório que ganhou tubos de dinheiro negociando delações premiadas da Embraer e da JBS nos Estados Unidos, assim como Sherman & Stearling, outro escritório preferido de Wall Street. O que menos tem são industriais ou comerciantes, que deveriam ser os associados normais de uma câmara de comércio.</span></div>
<div dir="ltr" style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-9be18be4-6e6a-77ed-2057-c3728aa198da">Essa "LIDE novayorquina" usa o nome de câmara de comércio mas se dedica mais do que tudo a eventos com objetivos politicos-ideológicos abertos da pior espécie, sem nenhuma discrição.</span></div>
<div dir="ltr" style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-9be18be4-6e6a-77ed-2057-c3728aa198da">Ao longo do tempo, também ganhou a fama merecida de "alça de caixão" ou "pé frio". Vários homenageados caem em desgraça ou morrem logo depois do prêmio. Entre os agraciados com Homem do Ano estão Leo Kryss (Evadin) , João Havelange, Roberto Civita, Luis Eulálio Vidigal, Mario Garnero, Jorge Wolney Atalla, Jose Papa Jr., Caio Alcantara Machado.</span></div>
<div dir="ltr" style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-9be18be4-6e6a-77ed-2057-c3728aa198da">Este ano, a Câmara premiou o juiz Sérgio Moro, que apareceu, deslumbrado, em fotos com personalidades internacionais e nacionais. Discrição é o mínimo que se espera de um juiz que mandou prender um ex-presidente e candidato favorito às eleições. O ápice do espetáculo foi a foto do casal Moro com o casal João Doria Junior, dois casais deslumbrados na corte de Nova York, com Doria candidato ao governo do estado de São Paulo contra o partido que Moro tentou liquidar.</span></div>
<div dir="ltr" style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-9be18be4-6e6a-77ed-2057-c3728aa198da">A imprensa tratou a premiação como uma grande conquista brasileira.</span></div>
<h2 dir="ltr" style="color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 26px; line-height: 29.9px; margin: 0px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-9be18be4-6e6a-77ed-2057-c3728aa198da">Homem do Ano do Royal Institute of Internacional Affairs</span></h2>
<div>
<br /></div>
<div dir="ltr" style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-9be18be4-6e6a-77ed-2057-c3728aa198da">Esse prêmio, </span><a href="https://www.chathamhouse.org/about/governance" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; transition: all 0.1s linear;">batizado de Chatam House</a> (nome do palácio sede do Instituto), é oferecido pela mais importante instituição de assuntos internacionais do mundo, acima do Council of Foreign Relations. Em importância, o prêmio vem logo depois do Prêmio Nobel da Paz e a cerimônia de entrega é um jantar de 450 talheres no próprio Instituto, presentes a nata do Parlamento, Governo e meio empresarial britânico.</div>
<div dir="ltr" style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-9be18be4-6e6a-77ed-2057-c3728aa198da">Apenas dois latino-americanos ganharam o prêmio: o presidente da Colômbia Juan Maria Santos e, antes dele, Lula..</span></div>
<div dir="ltr" style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-9be18be4-6e6a-77ed-2057-c3728aa198da">Antes de Lula ganharam o premio Hillary Clinton, Bill Gates e depois de Lula o Presidente da Colombia Juan Manuel Santos.</span></div>
<div dir="ltr" style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-9be18be4-6e6a-77ed-2057-c3728aa198da">Matéria interna da Folha.</span></div>
<div dir="ltr" style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-9be18be4-6e6a-77ed-2057-c3728aa198da">Manchete: “Estatais patrocinam prêmio concedido a Lula em Londres”.</span></div>
<div dir="ltr" style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-9be18be4-6e6a-77ed-2057-c3728aa198da">E a submanchete extraordinária, transformado o histórico Chatam House em um prêmio “co-patrocinado por Petrobras, BNDES e Banco do Brasil”.</span></div>
<div dir="ltr" style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<img height="425" original-title="" src="https://lh5.googleusercontent.com/hF08tzeLtLibuBLKhTQkBCPzmbo5WuFxKHvd0kFPAaYiZ-y054tCtre9pTyr94jFxrmQ-B2Dm8CYqic9GSEn7t4MKN6Wg6235qFFXTFLz1uNocCYUd9T05t3iykvX7B_QDxRRwwQINO953gczg" style="border-radius: 3px; border: none; height: auto !important; max-width: 600px !important;" width="567" /></div>
<div dir="ltr" style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<br /></div>
<div dir="ltr" style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , "geneva" , "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: 14px;"><a href="https://jornalggn.com.br/noticia/agencia-xeque-as-premiacoes-internacionais-e-a-imprensa-jeca-por-luis-nassif">https://jornalggn.com.br/noticia/agencia-xeque-as-premiacoes-internacionais-e-a-imprensa-jeca-por-luis-nassif</a></span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , "geneva" , "dejavu sans" , sans-serif;"><br /></span>
<br /></div>
José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2137654067457385097.post-20445222098684334362018-05-30T10:32:00.004-03:002018-05-30T10:32:41.366-03:00Agência Xeque: o fakenews sobre a greve dos caminhoneiros, por Luis Nassif<div class="submitted" style="color: #999999; font-family: "myriad pro bold cond"; font-size: 14px; min-height: 50px; text-transform: uppercase; width: 698px;">
<br /></div>
<div class="field content-taxonomy field-autor" style="color: #666666; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; font-weight: 700; margin-bottom: 10px;">
<div class="item odd">
<a href="https://jornalggn.com.br/categoria/autor/luis-nassif" rel="tag" style="color: #333333; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; transition: all 0.1s linear;" title="">Luis Nassif</a></div>
</div>
<h1 style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 26px; line-height: 29.9px; margin: 5px 0px 10px; padding: 0px;">
<img alt="" original-title="" src="https://jornalggn.com.br/sites/default/files/imagens/photovisi-download_2.jpg" style="border: 0px; height: 563px; margin: 0px; padding: 0px; width: 750px;" /></h1>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Há um motivo óbvio para a crise dos caminhoneiros: uma política de fixação quase diária dos preços de combustíveis, e de dolarização – expondo o consumidor brasileiro a qualquer movimento especulativo global.</div>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Em um país racional, não haveria maiores discussões sobre o tema. Mas nesse país da Maracangalha, criou-se um impasse entre os chamados neoliberais (para diferenciá-los dos liberais racionais). A tal dolarização dos preços de combustíveis seguiu o receituário neoliberal de dolarizar a economia e impedir qualquer ação corretiva da parte do governo. Como admitir que o resultado foi desastroso?</div>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Aí se convocam os templários, os guerreiros que saem de peito aberto, sem nenhum receio de expor sua reputação ao ridículo, para que levantem alguns slogans de contra-ataque.</div>
<a name='more'></a><br />
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
O voluntário inicial foi Samuel Pessoa, <a href="https://www1.folha.uol.com.br/colunas/samuelpessoa/2018/05/comedia-de-erros.shtml" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; transition: all 0.1s linear;">em artigo para a Folha</a>.</div>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Segundo Pessoa, a culpa foi de Lula e Dilma por terem financiado muitos caminhões nos anos anteriores. Muito caminhão aumentou a competição impedindo os caminhoneiros de repassaram a alta dos preços para os fretes – uma verdadeira ode à cartelização.</div>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Recorre, então, a uma manipulação estatística primária. Diz ele que, de 2009 até hoje a frota de caminhões aumentou 40%, enquanto no mesmo período a economia cresceu 11%. Nem lhe passou pela cabeça – porque poderia comprometer o proselitismo – que existe uma variável não anualizada chamada de renovação da frota, que não guarda nenhuma relação com o aumento da demanda.</div>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Finalmente, informa que o aumento das tarifas de caminhão no centro-oeste decorreu do aumento da frota – o oposto do que dizia alguns parágrafos antes.</div>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
No seu programa matinal, o jornalista Alexandre Garcia repetiu o <em style="margin: 0px; padding: 0px;">non-sense</em>. <a href="http://carlosmelo.blogosfera.uol.com.br/2018/05/28/942/" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; transition: all 0.1s linear;">No seu blog da UOL, o advogado Carlos Melo</a>, outro templário, repetiu os mesmos argumentos de Pessoa. E toca o coro dos liberais condenar o excesso de competição.</div>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
“O BNDES dos governos do PT deu enorme incentivo à ampliação da frota, sem se importar com os riscos do excesso. O mercado foi inundado por um acréscimo de 83% no número de caminhões. Ao mesmo tempo, o crescimento econômico secou e os fretes escassearam. O desastre foi inevitável”.</div>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Inevitáveis são as tolices que são ditas, quando o analista se deixa emprenhar pelo ouvido.</div>
<h2 style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 26px; line-height: 29.9px; margin: 0px; padding: 0px;">
O cenário real</h2>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Vamos aos fatos.<br /><a href="https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,a-necessaria-renovacao-da-frota-imp-,1107456.amp?__twitter_impression=true" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; transition: all 0.1s linear;">Em 12 de dezembro de 2013, em editorial, o Estadão</a> – bíblia maior do liberalismo – dizia o seguinte:</div>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
“Dos caminhões que circulam pelas ruas e estradas do País, nada menos do que 212 mil têm mais de 30 anos de uso. E mais de 400 mil caminhões com capacidade para transportar de 8 a 29 toneladas têm, em média, idade superior a 20 anos. (...) Tudo isso justifica a instituição de políticas públicas que estimulem a renovação da frota de caminhões, de modo a reduzir gradualmente sua idade média até níveis comparáveis com os de países mais desenvolvidos e aumentar a eficiência e a segurança do sistema de transporte rodoviário de carga. Uma sugestão nesse sentido, que resultou de uma inédita ação conjunta de dez entidades vinculadas à questão, foi apresentada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior há algumas semanas”.</div>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Mais ainda.</div>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
No ano passado, <a href="http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/25828/ociosidade-da-frota-de-caminhoes-e-menor-do-que-parece" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; transition: all 0.1s linear;">a Power Systems Research, consultoria especializada no setor</a>, providenciou uma pesquisa no Brasil, similar à que faz periodicamente nos Estados Unidos. A pesquisa foi junto a concessionárias e frotistas que têm, em conjunto, de 20 a 29 mil veículos.</div>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Conclusões da pesquisa:</div>
<ul style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin: 0px 0px 1.5em 1.667em; padding: 0px;">
<li style="margin: 0px; padding: 0px;">Dos entrevistados, 42% declararam que a ociosidade de seus caminhões é de até 5%.</li>
<li style="margin: 0px; padding: 0px;">Parcela de 21% respondeu que este índice gira entre 10% e 15%</li>
<li style="margin: 0px; padding: 0px;">Apenas 8% dos participantes registram mais de 20% de ociosidade em sua frota de veículos.</li>
</ul>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
A constatação da pesquisa é que a intenção de compra estava em expansão, comparada com o ano anterior. Os motivos: renovar a frota, melhorar a eficiência operacional e atender ao aumento da demanda.</div>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, dejavu sans, sans-serif;"><span style="font-size: 14px;"><a href="https://jornalggn.com.br/noticia/agencia-xeque-o-fakenews-sobre-a-greve-dos-caminhoneiros-por-luis-nassif">https://jornalggn.com.br/noticia/agencia-xeque-o-fakenews-sobre-a-greve-dos-caminhoneiros-por-luis-nassif</a></span></span></div>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, dejavu sans, sans-serif;"><span style="font-size: 14px;"><br /></span></span></div>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, dejavu sans, sans-serif;"><span style="font-size: 14px;"><br /></span></span></div>
José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2137654067457385097.post-3769265180523992312018-05-23T10:16:00.002-03:002018-05-23T10:16:50.946-03:00Agência Xeque: como a mídia usou o fakenews para beneficiar a máfia do lixo, por Luis Nassif<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<img alt="" original-title="" src="https://jornalggn.com.br/sites/default/files/imagens/collage_fotorestadao.jpg" style="border-radius: 3px; border: 0px; height: 421px; max-width: 600px !important; width: 750px;" /></div>
<h2 style="color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 26px; line-height: 29.9px; margin: 0px; padding: 0px;">
Fato 1 – o consórcio SOMA</h2>
<div style="background-position: 0px 0px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<div style="color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
SOMA (Soluções de Meio Ambiente) é um consórcio criado em 2011 para participar da licitação do lixo na cidade de São Paulo. Inicialmente, era integrado pelas empresas Delta Construções, Cavo Serviços e Saneamento e Corpus Saneamento e Obras. Em 2012 a Delta deixou o consórcio e a Cavo ampliou sua participação para 82%, deixando a Corpus com 18%.</div>
<div style="color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
<br /></div>
</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<img original-title="" src="https://jornalggn.com.br/sites/default/files/imagens/lixo00.png" style="border-radius: 3px; border: 2px solid; float: left; height: 400px; margin: 2px 12px; max-width: 600px !important; width: 400px;" /><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
A Cavo é controlada pela <a href="https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/03/pf-descobre-fraudes-de-empresas-de-limpeza-em-desdobramento-da-lava-jato.shtml" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; transition: all 0.1s linear;">Estra Ambiental, do empresário Wilson Quintela Filho, citado nas delações premiadas da Lava Jato, empresário conhecido e com boas relações com alguns jornais.</a> A <a href="http://www.valor.com.br/politica/5354589/operacao-descarte-da-pf-mira-lavagem-de-dinheiro-na-limpeza-urbana" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; transition: all 0.1s linear;">PF chegou a pedir a prisão de Quintela, mas a juíza não concedeu.</a></div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Ao lado dos transportes urbanos, o lixo costuma ser a parte mais barra-pesada dos serviços públicos.</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<br />
Em março deste ano, com a Operação Descarte <a href="http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/pf-mira-agentes-publicos-no-lixo-em-sp/" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; transition: all 0.1s linear;">a Polícia Federal desvendou um gigantesco esquema de lavagem de dinheiro</a> com envolvimento da SOMA. Agentes da Polícia Federal e da Receita fizeram busca e apreensão na sede da empresa e o material recolhido está sob análise. A operação foi deflagrada a partir da delação do doleiro Alberto Yousseff.<br />
<br />
<a name='more'></a></div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Segundo informou o delegado Victor Hugo Rodrigues Alves Ferreira, desde que ganhou a licitação do lixo a SOMA já havia faturado R$ 1,1 bilhão do contrato com a prefeitura de São Paulo. Desse total, a Operação estimava que R$ 200 milhões foram lavados com o esquema. <a href="https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/pf-cumpre-mandados-em-empresas-de-limpeza-em-desdobramento-da-lava-jato.ghtml" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; transition: all 0.1s linear;">Foi considerada a maior operadora do sistema</a>.</div>
<h2 style="color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 26px; line-height: 29.9px; margin: 0px; padding: 0px;">
Fato 2 – as PPPs de Dória e Covas</h2>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
No seu curto período à frente da prefeitura, João Dória Júnior tentou emplacar uma PPP (Parceria Público Privada) da iluminação e <a href="https://jornalggn.com.br/noticia/doria-quer-barrar-ppp-que-oferece-menor-preco-na-iluminacao" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; transition: all 0.1s linear;">acabou se enrolando em suspeitas, ao vetar a empresa que ofereceu o menor preço.</a></div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Depois, se voltou para o lixo. O edital era claramente direcionado. Exigia experiência prévia de 36 meses. Essa exigência significaria que a empresa precisaria ter varrido <a href="https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/05/tribunal-de-contas-ve-riscos-e-barra-licitacao-de-varricao-da-gestao-covas.shtml" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; transition: all 0.1s linear;">939,3 mil quilômetros de ruas para ser considerada apta a competir</a>. Além disso, a licitação seria presencial, com a cidade dividida em apenas dois lotes.</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
A licitação foi barrada pelo Tribunal de Contas do Município, devido à baixa competitividade, a modelagem contratual e a insuficiente fiscalização da execução contratual pela administração, <a href="http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2017/11/1932166-tribunal-de-contas-libera-gestao-doria-para-fazer-licitacao-da-varricao-de-rua.shtml" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; transition: all 0.1s linear;">conforme afirmou o conselheiro João Antonio, em seu voto</a>. O TCM propunha pregão eletrônico, com no mínimo cinco lotes a serem disputados. Afinal, são licitações de baixa complexidade, já que os insumos são apenas mão de obra e caminhões.</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
A Selur (Sindicato das Empresas de Limpeza) apelou e uma decisão liminar foi tomada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo suspendendo a licitação.</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Na gestão Gilberto Kassab, dividiu-se a cidade em apenas dois lotes, para efeito de varrição. No governo Haddad, o Secretário de Obras Simão Pedro encomendou um estudo técnico para saber qual o modelo mais eficiente, dois lotes ou cinco lotes, como era antes. Constatou-se que, com dois lotes, os contratos ficaram 82% mais caros.</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<img original-title="" src="https://jornalggn.com.br/sites/default/files/imagens/lixo02.png" style="border-radius: 3px; border: 2px solid; float: left; height: 188px; margin: 2px 12px; max-width: 600px !important; width: 307px;" />Em 2011, antes da licitação de Kassab, a varrição custou R$ 576 milhões. Em 2012 saltou para R$ 730 milhões. Em 2017, custou R$ 1,1 bilhão ao município.</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Os estudos do TCM constataram que “os valores pagos por kg de resíduo coletado dos contratos com dois lotes são notavelmente mais caros que os dos contratos com cinco lotes (decorrentes das licitações de 2005).</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Doria saiu da prefeitura sem concretizar a licitação. Seu sucessor, Bruno Covas resolveu retomar. <a href="https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/05/gestao-tucana-afrouxa-fiscalizacao-de-contrato-de-limpeza-em-sao-paulo.shtml" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; transition: all 0.1s linear;">Antes disso, em setembro de 2017, como Secretário das Prefeituras Regionais, Covas assinou uma portaria relaxando a fiscalização dos serviços de varrição.</a> Havia 71 agentes incumbidos de fiscalizar os serviços. Com a portaria, eles foram incumbidos de tratar outras centenas de infrações menores, como problemas de alvarás e desníveis de calçadas.</div>
<h2 style="color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 26px; line-height: 29.9px; margin: 0px; padding: 0px;">
Fato 3 – o caso Chalita a tabelinha mídia-Ministério Público</h2>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Na estreia da Agência Xeque, mostramos como o <span style="font-weight: 700;">Estadão</span> e a <span style="font-weight: 700;">Veja</span> se valeram de <a href="https://jornalggn.com.br/noticia/agencia-xeque-como-o-estadao-e-veja-usaram-fakenews-para-crucificar-chalita" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; transition: all 0.1s linear;">fakenews para crucificar o ex-Secretário Gabriel Chalita</a>. Um procurador do Ministério Público Estadual, Nadir de Campos Júnior, denunciou Chalita por supostamente ter recebido favores de fornecedores do estado. <span style="font-weight: 700;">Veja</span> usou até um photoshop para manipular foto de Chalita com o delator. O <span style="font-weight: 700;">Estadão</span>entrou atrás avalizando todas as denúncias. Ao todo, foram abertos 11 inquéritos contra Chalita e o então Procurador Geral da República Roberto Gurgel encaminhou a denúncia ao STF (Supremo Tribunal Federal).</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Passou em branco denúncia de um ex-diretor de Tecnologia da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) de que foi procurado por Walter Feldman, a mando de José Serra, oferecendo R$ 500 mil para que endossasse as acusações.</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Todos os inquéritos foram arquivados. Tempos depois, o procurador foi denunciado criminalmente por falsificação de documento particular e uso de documento falso, visando fraudar as eleições para a Associação Paulista do Ministério Público.</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Mas a carreira de Chalita já estava irremediavelmente comprometida.</div>
<h2 style="color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 26px; line-height: 29.9px; margin: 0px; padding: 0px;">
Fato 4 – o fakenews do Estadão</h2>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Agora se repete o jogo.</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<img alt="/var/folders/hy/dl8cpd596lx8m5wsqntm05c40000gp/T/com.microsoft.Word/Content.MSO/28C74DB0.tmp" original-title="" src="https://jornalggn.com.br/sites/default/files/imagens/lixo03.png" style="border-radius: 3px; border: 2px solid; float: left; height: 350px; margin: 2px 12px; max-width: 600px !important; width: 400px;" />O promotor Marcelo Milani abriu um inquérito para apurar acusação de que o presidente do TCM, <a href="http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,mpe-investiga-suposta-propina-a-chefe-do-tcm,70002318473?from=whatsapp" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; transition: all 0.1s linear;">João Antônio, principal opositor da licitação do lixo, teria pedido propina de R$ 30 milhões</a>.</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Segundo o Estadão, “o inquérito tem como base um depoimento, dado por testemunha protegida. Seu termo de declarações afirma que representantes de empresas do setor “receberam funcionário do TCM cuja identidade desconhecem, pedindo para pagamento a quantia de R$ 30 milhões a ser em tese revertida em prol do relator João Antônio”, sem mais detalhes do pedido”.</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Confiram:</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Uma testemunha protegida (ou seja, anônima), diz que representantes de empresas do setor (não se sabe quem), receberam funcionário do TCM, “cuja identidade desconhecem”, pedindo a quantia para “em tese” ser revertida para João Antônio.</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
O promotor <a href="https://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/haddad-depoe-sobre-suposto-pedido-de-propina-de-promotor-relacionado-a-arena-corinthians.ghtml" style="color: #336688; margin: 0px; padding: 0px; transition: all 0.1s linear;">Marcelo Milano já havia sido denunciado pelo ex-prefeito Haddad por supostamente ter achacado, pedindo R$ 1 milhão</a> para não entrar com ações judicial relacionado à Arena Corinthians.</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Em junho do ano passado, Haddad informou à imprensa ter fornecido à Corregedoria do MPE elementos que permitiam apurar os fatos relacionados ao suposto achaque. Até hoje não se conhecem os resultados da investigação.</div>
<h2 style="color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 26px; line-height: 29.9px; margin: 0px; padding: 0px;">
Fato 5 – os resultados do fakenews</h2>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
O quebra-cabeças tem, portanto, os seguintes personagens:</div>
<ol style="color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin: 0px 0px 1.5em 1.667em; padding: 0px;">
<li style="margin: 0px; padding: 0px;">Uma empresa, a SOMA, envolvida em diversas denúncias de corrupção, enrolada com as delações da Lava Jato e com lavagem de dinheiro. Inclusive com varias dessas denúncias sendo publicadas no Estadão.</li>
<li style="margin: 0px; padding: 0px;">Um ex-prefeito, João Dória Júnior, que impediu que a empresa que oferecesse o menor preço vencesse a licitação para iluminação pública.</li>
<li style="margin: 0px; padding: 0px;">Seu sucessor, Bruno Covas, acusado de ter afrouxado a fiscalização sobre as empresas de lixo.</li>
<li style="margin: 0px; padding: 0px;">Um procurador acusado de ter achacado uma empreiteira.</li>
<li style="margin: 0px; padding: 0px;">Um político, João Antônio, presidente do TCM, egresso das comunidades eclesiais de base, que fez uma carreira política com diversos mandatos de vereador e deputado estadual, sem uma denúncia sequer.</li>
</ol>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Assim como no episódio Chalita, o Estadão acolheu a denúncia e publicou-a na primeira página. Com a denúncia plantada, a intenção dos autores é permitir uma nova prorrogação dos contratos de lixo. Em fins do ano passado foi feita a primeira prorrogação, por seis meses. Significou R$ 550 milhões para as duas empresas. Com mais 6 meses de prorrogação, elas conseguirão outro tanto.</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
Há um jabuti no alto da árvore majestosa do Estadão. Quem o colocou lá?</div>
<div style="background-position: 0px 0px; color: #333333; font-family: verdana, geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , "geneva" , "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: 14px;"><a href="https://jornalggn.com.br/noticia/agencia-xeque-como-a-midia-usou-o-fakenews-para-beneficiar-a-mafia-do-lixo">https://jornalggn.com.br/noticia/agencia-xeque-como-a-midia-usou-o-fakenews-para-beneficiar-a-mafia-do-lixo</a></span></span></div>
José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2137654067457385097.post-68636162618539496022018-04-30T05:19:00.000-03:002018-04-30T05:21:27.270-03:00As fake news ameaçam a lisura das eleições e a democracia<audima-div id="audimaPlayer" style="border-collapse: collapse; border-spacing: 0px; border: 0px; box-shadow: none; display: block; float: left !important; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; height: 48px; line-height: 1.3; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; quotes: none; right: 0px; top: 0px; transition: none !important; vertical-align: baseline; width: calc(100% - 200px); word-wrap: normal;"><audima-a class="icon-audima" href="http://audima.co" id="audimaLogo" style="background: url("data:image/png; border-collapse: collapse; border-spacing: 0px; border: 0px; bottom: 8px; box-shadow: none; cursor: pointer; font-family: inherit; font-size: 0px; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; height: 20px; line-height: 1.3; list-style: none; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px; position: absolute; quotes: none; right: 10px; text-indent: 9999px; transition: none !important; vertical-align: baseline; width: 70px; word-wrap: normal;" title="Áudio fornecido por: Audima">a</audima-a><audima-span class="icon-menu" id="audimaMostrarMenuBtn" style="background: url("data:image/svg+xml; border-collapse: collapse; border-spacing: 0px; border: 0px; box-shadow: none; cursor: pointer; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; height: 15px; http: //www.w3.org/2000/svg\" xmlns:xlink=\"http://www.w3.org/1999/xlink\" width=\"100\" height=\"32\" viewBox=\"0 0 600 400\" y=\"158\" x=\"-30\"><defs><symbol id=\"dots\"><path d=\"M51 153c-28.05 0-51 22.95-51 51s22.95 51 51 51 51-22.95 51-51-22.95-51-51-51zm306 0c-28.05 0-51 22.95-51 51s22.95 51 51 51 51-22.95 51-51-22.95-51-51-51zm-153 0c-28.05 0-51 22.95-51 51s22.95 51 51 51 51-22.95 51-51-22.95-51-51-51z\"/></symbol></defs><use xlink:href=\"#dots\" x=\"70\" y=\"0\" fill=\"#525454\"/></svg>") -20px 0px / 70px no-repeat; line-height: 1.3; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; quotes: none; right: 15px; top: 4px; transition: none !important; vertical-align: baseline; width: 30px; word-wrap: normal;" title="Mostrar Menu de Opções"></audima-span></audima-div><br />
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
<a href="https://www.esmaelmorais.com.br/2018/04/as-fake-news-ameacam-a-lisura-das-eleicoes-e-a-democracia/" style="border: 0px; color: #009bc2; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; vertical-align: baseline;"><img alt="" class="aligncenter size-full wp-image-176744" height="213" sizes="(max-width: 1191px) 100vw, 1191px" src="https://www.esmaelmorais.com.br/wp-content/uploads/2017/11/romanelli_fake.jpg" srcset="https://www.esmaelmorais.com.br/wp-content/uploads/2017/11/romanelli_fake.jpg 1191w, https://www.esmaelmorais.com.br/wp-content/uploads/2017/11/romanelli_fake-180x120.jpg 180w, https://www.esmaelmorais.com.br/wp-content/uploads/2017/11/romanelli_fake-495x330.jpg 495w, https://www.esmaelmorais.com.br/wp-content/uploads/2017/11/romanelli_fake-768x512.jpg 768w" style="border: 0px; display: block; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; height: auto; line-height: inherit; margin: 20px auto; max-width: 100%; padding: 0px; vertical-align: baseline;" width="320" /></a>O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB-PR) explica como as fake news (notícias falsas) podem implodir a democracia brasileira. Ele põe em xeque a “boa vontade” e a eficiência do TSE, Abin e Forças Armadas, Polícia Federal nas eleições deste ano.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-weight: 700;">As fake news ameaçam a lisura das eleições e a democracia</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
<em style="font-family: "droid serif", Times, serif; font-size: 0.9em;">Luiz Claudio Romanelli*</em></div>
<blockquote style="background: 0px 0px rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #777777; font-family: "Droid Serif", Times, serif; font-size: 1.1em; font-stretch: normal; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 1.6; margin: 20px 20px 10px; overflow: hidden; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
“Numa época de mentiras universais, dizer a verdade é um ato revolucionário”. (George Orwell)<br />
<a name='more'></a></div>
</blockquote>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
Duas notícias publicadas nos últimos dias chamaram minha atenção. A primeira foi publicada pela BBC Brasil. Intitulada “Três casos de fake news que geraram guerras e conflitos ao redor do mundo”, narra alguns casos de falsas notícias, compiladas pela jornalista ucraniana Olga Yurkova e apresentadas durante a palestra inaugural do TED 2018, série de conferências realizada em abril em Vancouver, no Canadá.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
Olga é cofundadora do site StopFake, organização de comprovação de fatos em 11 idiomas. Para ela, as fake news são “uma ameaça à democracia e à sociedade”.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
“As pessoas já não sabem o que é real e o que é falso. Muitas deixaram de acreditar e isso é ainda mais perigoso.”</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
Um dos casos relatados por Olga é sobre a história do menino crucificado na Ucrânia, uma falsa notícia produzida pelos russos e que foi decisiva para o conflito entre os dois países.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
Esta notícia distribuída pela mídia russa contava o caso de Galyna Pyshnyak, apresentada como uma refugiada russa. Ela era na verdade a mulher de um militante pró-russo.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
“Uma refugiada de Sloviansk se lembra de como uma criança e a mulher de um miliciano foram executadas na frente dela”, disse o canal de TV estatal Channel One Russia em 12 de julho de 2014, em meio à recém-estourada guerra de Donbass, no leste da Ucrânia, entre tropas ucranianas e forças pró-russas separatistas.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
Aos prantos, a mulher aparecia contando que soldados ucranianos haviam crucificado publicamente um menino de três anos de idade diante de sua mãe, “como se ele fosse Jesus”, enquanto o garotinho gritava, sangrava e chorava.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
“As pessoas desmaiavam. O menino sofreu durante uma hora e meia e depois morreu. Em seguida, foram para sua mãe”, disse ela.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
Mas tudo era mentira.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
A história do menino crucificado não apenas enganou a muitos na Ucrânia e na Rússia, mas também os motivou a “pegar em armas”, disse Yurkova.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
Por isso, adverte ela, as notícias falsas “são uma ameaça à democracia e à sociedade”.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
Outra notícia, publicada pela Gazeta do Povo revela que, para chamar a atenção para o aumento das informações falsas e de vídeos falsos que circulam pelas redes sociais, o diretor americano Jordan Peele fez um vídeo no qual o ex-presidente Barack Obama aparece fazendo uma série de afirmações falsas.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
No meio do filme, porém, Peele, que ganhou o Oscar de melhor roteiro neste ano pelo filme “Corra!”, revela que as imagens foram manipuladas usando programas de efeitos especiais, e que as falas foram criadas e ditas por ele e acrescentadas às imagens de Obama.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
A verdade é que cada vez mais somos bombardeados, especialmente nas redes sociais, com informações falsas e mentirosas, uma espécie de erva daninha da era digital.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
Já fui vitima de uma noticia falsa, criada com o claro objetivo de me prejudicar politicamente. Mas me preocupa até que ponto as fake news poderão influenciar o resultado das eleições e como a Justiça Eleitoral agirá contra os que disseminam essas falsas noticias- “criadas a partir de personagens conhecidos, mas com suas falas inventadas, para confundir leitores, e amplificar sentimentos de rejeição ao alvo escolhido”, na precisa definição do El Pais Brasil, que vem se dedicando a estudar o fenômeno e a compartilhar a opinião de estudiosos sobre o tema.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
Segundo o filósofo Pablo Ortellado, que gerencia o Monitor do debate político no meio digital, o conceito mais adequado para descrever o que está acontecendo hoje no Brasil é “uma guerra de informação travestida de jornalismo”, na qual há uma imprensa dita alternativa ultra engajada disputando o espaço com a grande imprensa, que também está engajada nessa batalha. “As fake news não são a doença, e sim o sintoma. A doença é a polarização política. E em época de eleição, com dinheiro jogado nessa polarização, a tendência é piorar. Se em 2014 já foi bem sujo, em 2018 vai ser pior”, explica em entrevista ao El Pais Brasil.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
Claire Wardle, jornalista norte-americana, diretora executiva da First Draft News, um projeto da Universidade de Harvard especializado em buscar estratégias para combater as fake news diz que o Brasil reúne as características que o deixam suscetível à manipulação. “Primeiro porque é um país muito dividido, e não apenas politicamente como também em assuntos culturais e sociais. Em situação assim, as pessoas são menos críticas com a informação que encontram. Se alguma coisa reafirma suas crenças, é provável que você acredite e compartilhe. E os brasileiros, que são grandes usuários das redes sociais, adoram compartilhar. Os aplicativos de mensagens são lugares onde se distribui desinformação e, por estarem criptografados, é mais difícil que jornalistas ou verificadores de informação saibam o que vem circulando. É mais difícil desmentir as notícias falsas a tempo”, analisa.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
Os especialistas são unanimes em dizer que as fake news já estão contaminando o debate político no país há algum tempo e têm colaborado para piorar a qualidade da política e das relações sociais.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
Recentemente, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, afirmou que a Corte vai agir de formas preventiva e punitiva contra a disseminação de notícias falsas. “Uma propaganda que visa destruir candidatura alheia pode gerar uma configuração de abuso de poder que pode levar a uma cassação”, disse.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
O ministro reforçou que o Tribunal formou comitês de inteligência de imprensa para acompanhar o processo eleitoral com foco na disseminação de notícias falsas. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o Exército e Polícia Federal participam do comitê de inteligência. Fux destacou que o Ministério Público acompanha os trabalhos e que o Judiciário só atua quando é provocado.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
Sinceramente, tenho minhas dúvidas sobre a eficiência dessa fiscalização. Acredito que é preciso uma legislação específica para combater a sistemática propagação de fake news com fins políticos, com multas bem pesadas para quem criar e disseminar notícias falsas.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
Em tempo: nada a comemorar neste 1º de maio: Saíram os dados da PNAD contínua de março. Uma catástrofe social. O número de desocupados aumentou 12,3 milhões para 13,7 milhões. Um aumento de 1, 4 milhão de desempregados, em relação ao trimestre móvel anterior. A taxa de desemprego subiu, no mesmo período, de 11,8% para 13,7%. O número de empregados com carteira caiu 408 mil. Foi para isso que serviu a Reforma Trabalhista?</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
Boa Semana! Paz e Bem!</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
<em style="font-family: "droid serif", Times, serif; font-size: 0.9em;">*Luiz Cláudio Romanelli, advogado e especialista em gestão urbana, ex-secretário da Habitação, ex-presidente da Cohapar, e ex-secretário do Trabalho, é deputado pelo. Escreve às segundas-feiras sobre Poder e Governo.</em></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #777777; font-family: "droid" serif , "times" , serif;"><span style="font-size: 13.68px;"><i><a href="https://www.esmaelmorais.com.br/2018/04/as-fake-news-ameacam-a-lisura-das-eleicoes-e-a-democracia/">https://www.esmaelmorais.com.br/2018/04/as-fake-news-ameacam-a-lisura-das-eleicoes-e-a-democracia/</a></i></span></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #777777; font-family: "droid" serif , "times" , serif;"><span style="font-size: 13.68px;"><i><br /></i></span></span></div>
<div class="fcbkbttn_buttons_block" id="fcbkbttn_left" style="background-color: white; border: 0px; clear: both; color: #777777; font-family: "droid sans", arial, sans-serif; font-size: 15.2px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: 1; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div class="fcbkbttn_like " style="border: 0px; display: inline-block; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px 10px 5px 0px; padding: 0px; position: relative; vertical-align: top;">
<fb:like action="like" class=" fb_iframe_widget" colorscheme="light" fb-iframe-plugin-query="action=like&app_id=&color_scheme=light&container_width=0&href=https%3A%2F%2Fwww.esmaelmorais.com.br%2F2018%2F04%2Fas-fake-news-ameacam-a-lisura-das-eleicoes-e-a-democracia%2F&layout=standard&locale=pt_BR&sdk=joey&show_faces=false&size=small&width=450px" fb-xfbml-state="rendered" href="https://www.esmaelmorais.com.br/2018/04/as-fake-news-ameacam-a-lisura-das-eleicoes-e-a-democracia/" layout="standard" show-faces="false" size="small" style="display: inline-block; position: relative; vertical-align: top;" width="450px"><span style="border: 0px; display: inline-block; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; height: 20px; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-align: justify; vertical-align: bottom; width: 450px;"></span></fb:like></div>
</div>
José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2137654067457385097.post-63616138033480688252018-04-27T12:26:00.004-03:002018-04-27T12:26:54.363-03:00Bolsa-bandido: quem se beneficia com Auxílio-Reclusão, por Samuel Lourenço<div dir="ltr" style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<img alt="" original-title="" src="https://jornalggn.com.br/sites/default/files/u16-2016/prisao-trem_das_gerais.jpg" style="border-radius: 3px; border: 0px; height: 408px; max-width: 600px !important; width: 690px;" /></div>
<div dir="ltr" style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span style="font-weight: 700;"><span style="font-size: 16px;">Bolsa-bandido: quem se beneficia com Auxílio-Reclusão</span></span></div>
<div style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span style="font-weight: 700;"><span style="font-size: 16px;">por Samuel Lourenço</span></span></div>
<div dir="ltr" style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-486daa79-0714-ee69-7614-03dcb52d38cf">Recebi por contatos diversos, o mesmo vídeo que tem um depoente falando sobre o Auxílio-Reclusão. Na película amadora, o interrogante conduz o depoimento com maestria e o cabrito vai respondendo tudo numa boa. Embora sua situação jurídica não esteja muito clara, assim como toda a entrevista, me parece que o cara estava em semiaberto e depois passou pelo monitoramento, não deixando claro se estava monitorado no regime semiaberto ou em Prisão Albergue Domiciliar, no regime aberto. Mas enfim...</span></div>
<a name='more'></a><br />
<div dir="ltr" style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-486daa79-0714-ee69-7614-03dcb52d38cf">Fiquei surpreendido com tudo que vi no vídeo, em especial sobre a parte que ele fala sobre o Auxilio-Reclusão, dizendo receber 4 mangos por mês. Isso mesmo: R$ 4.000, por ser vagabundo. Se cada preso custa aos cofres públicos quase R$ 2.000,00, imagine somar o preso mais o auxílio? Tô começando a reavaliar esse treco de "tá com pena leva pra casa" e "adote um bandido!". Gente, o vagabundo recebe 4 mil golpinhos e tem um custo a mais de 2 mil reais por mês. Fazer uma Parceria Público Privada e assumir esse meliante em casa, deve ser uma vantagem.</span></div>
<div dir="ltr" style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-486daa79-0714-ee69-7614-03dcb52d38cf">Ironias a parte, pois na era do tribunal virtual é sempre bom destacar: é ironia! Mas queria destacar que estou escrevendo tudo isso por já ter ficado preso um dia, logo, sou classista. E saio em defesa do meu povo, dos meus amiguinhos que estão naquele lugar, para dizer que, dos 9 anos que fiquei trancafiado, não me lembro de um auxílio tão farto. É mais que o auxilio moradia do Moro. Ser bandido com bolsa é melhor que ser juiz com auxilio-moradia?</span></div>
<div dir="ltr" style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-486daa79-0714-ee69-7614-03dcb52d38cf">Fiquei agarrado um bom tempo. Só numa cadeia que fiquei agarrado uns 3 anos éramos mais de 1.800 presos. Multiplica isso por 4 mil! Que horror! Contudo, todavia, mas, porém e INFELIZMENTE, não são todos os presos que recebem tal auxílio. Para receber o auxílio-reclusão, que recebe a alcunha de "bolsa bandido" (esse povo coloca vulgo no bandido, nas esposa do bandido e no auxilio do bandido ), é necessário estar em condições de assegurado pela Previdência Social, tem que ter tempo de contribuição, tem um tempo limite de assegurado, tem limite de salário, ou seja, quem recebe uns dois ou três salários por mês, quando roda e o familiar vai requerer auxílio, acaba não recebendo por conta dos "altos rendimentos".</span></div>
<div dir="ltr" style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-486daa79-0714-ee69-7614-03dcb52d38cf">E falando em mulher de preso, cabe aqui um destaque. Quem recebe o auxílio não é o bandido, é a mulher do bandido, se filho tiver, do contrário, a mulher do bandido também fica de fora. Ou algum outro dependente, pai ou mãe que comprove a condição de dependente. O bandido não recebe grana, mas sim os que dele dependiam.</span></div>
<div dir="ltr" style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-486daa79-0714-ee69-7614-03dcb52d38cf">E vem cá: as biqueiras, os donos dos esticas, das bocas de fumo, assinam carteira ou pagam a autonomia de seus funcionários? Bandido tem carteira assinada? E o Lula, será que o Lula recebe auxílio-reclusão?</span></div>
<div dir="ltr" style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-486daa79-0714-ee69-7614-03dcb52d38cf">Da minha época de prisão vi poucas pessoas requererem o benefício, os que cogitavam terem direitos, não possuíam todos os documentos. Mas alguns recebiam sim, o máximo que vi foi um rapaz, cuja mãe de seu filho recebia uns 900 reais, quase mil. Na época era quase isso, e o valor era alto por conta do retroativo, depois voltou para uns R$ 780,00.</span></div>
<div dir="ltr" style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-486daa79-0714-ee69-7614-03dcb52d38cf">Quando o preso chega no semiaberto e passa a trabalhar, com carteira assinada, o auxilio é suspenso. Quando sai no regime aberto, a bolsa é suspensa. Me soa estranho o cara receber a quantia declarada no vídeo. Me parece que o cinegrafista, que também toma o depoimento, a "oitiva informal", quer se beneficiar muito mais com o Auxílio, mas não no sentido financeiro e sim político.</span></div>
<div dir="ltr" style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-486daa79-0714-ee69-7614-03dcb52d38cf">Já que são poucos os bandidos que recebem auxílio-reclusão, fico tentando entender quem ganha com essa propagação de informação. Façam um levantamento de quantos presos recebem a bolsa-vagabundo e quantos estão de fato cadastrado no sistema como beneficiário. Pesquisem o custo do auxílio no bojo previdenciário. Busquem refletir sobre quem deseja extrair vantagens da temática: se é o dependente do segurado ou se é um específico grupo político e de cidadãos de bem, visando o sensacionalismo com ares de paladino da moral, para fins eleitoreiros.</span></div>
<div dir="ltr" style="background-attachment: initial !important; background-clip: initial !important; background-image: initial !important; background-origin: initial !important; background-position: 0px 0px !important; background-repeat: initial !important; background-size: initial !important; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
<span id="docs-internal-guid-486daa79-0714-ee69-7614-03dcb52d38cf">Ah! Pode até jogar pedra no autor do texto, mas do tempo que fiquei preso, apesar de assegurado, sim eu trabalhava com carteira assinada antes da prisão, não fui beneficiado com a bolsa-bandido. Fiquei chateado, pois fiquei na cadeia, coloquei camisa na cara, falei "coé dotô", mas nem como vagabundo, digno de um auxílio, fui reconhecido. Triste fim de Samuel Lourenço, pois com a forçação de barra, também confesso: "esse não é o pais que eu quero pros meus filhos"...</span></div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-weight: 700;">Samuel Lourenço - Cronista, palestrante, egresso do Sistema Prisional, aluno de Gestão Pública para o Desenvolvimento Econômico e Social -UFRJ</span></em></div>
<div style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, "dejavu sans", sans-serif; font-size: 14px;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-weight: 700;"><br /></span></em></div>
<div>
<span style="font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, dejavu sans, sans-serif;"><b><i><a href="https://jornalggn.com.br/noticia/bolsa-bandido-quem-se-beneficia-com-auxilio-reclusao-por-samuel-lourenco">https://jornalggn.com.br/noticia/bolsa-bandido-quem-se-beneficia-com-auxilio-reclusao-por-samuel-lourenco</a></i></b></span></span></div>
<div>
<span style="font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, dejavu sans, sans-serif;"><b><i><br /></i></b></span></span></div>
<div>
<span style="font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, dejavu sans, sans-serif;"><b><i><br /></i></b></span></span></div>
José Carlos Limahttp://www.blogger.com/profile/03127733733783902981noreply@blogger.com0